Carlos Fioravanti
Prepare-se para algumas surpresas. A menos de 300 quilômetros da capital do estado mais industrializado do país, simbolizado pela metrópole barulhenta, pelo povo estressado e pelos infinitos canaviais das planícies interioranas, ainda vivem onças-pardas e pintadas.
Cervos-do-pantanal e tuiuiús também, nas terras alagadas a oeste, em meio a novateiros, árvores de troncos sempre cheios de formigas, e buritis, palmeiras altas e elegantes. Já a sudoeste cresce em inexplicável abundância uma mata de pitangueiras, jabuticabeiras, cambuís, araçazeiros, uvaias e outras árvores da família das mirtáceas, incluindo as menos conhecidas gabirobeiras e piúnas, que na primavera e no verão alimentam pássaros e macacos com frutos suculentos e carnosos e formam um imenso e perfumado pomar. Os biólogos resolveram abrir o baú e compartilhar essas raridades. Em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente, 160 pesquisadores do Programa Biota-FAPESP elaboraram três mapas gerais e outros oito temáticos, por grupos de animais e plantas, para apresentar o estado de riqueza ou de destruição das matas e Cerrado paulistas – como mostrado no pôster que acompanha esta edição e no site www.biota.org.br/info/wap2006.
Resultado de quase dez anos de pesquisas, esses mapas devem direcionar o trabalho de conservação e ampliação das matas que concentram a autêntica vida selvagem em São Paulo. Ainda que poucos, os remanescentes de vegetação formam ambientes tão diferentes entre si quanto as florestas úmidas do litoral, que lembram a Amazônia, e as matas secas do interior, aparentadas da Caatinga nordestina. Clique aqui para ler o texto completo na edição 140 de Pesquisa FAPESP. Assinaturas, renovação e mudança de endereço: (11) 3038-1434, (11) 3038-1418 (fax) ou fapesp@teletarget.com.br
Fonte: Agência Fapesp
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