sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Príncipe Charles: aquecimento ainda pode ser detido

O príncipe Charles da Inglaterra acredita que os piores efeitos da mudança climática ainda podem ser detidos, desde que as medidas necessárias sejam tomadas imediatamente, assinalou em artigo publicado hoje no jornal "Financial Times". "Mas a janela da oportunidade é pequena e diminui cada vez mais, e as ameaças alcançam uma velocidade que causa alarme real aos cientistas", afirmou Charles, cujo artigo coincide com a assinatura de um pedido de empresas de todo o mundo aos líderes políticos que se reunirão por ocasião da Convenção da ONU para a Mudança Climática (UNFCCC), que começará em 3 de dezembro, em Bali.

O príncipe cumprimentou em seu artigo a decisão das mais de 150 empresas signatárias do documento de unir forças para enfrentar o problema. As empresas pedem um acordo internacional que permita aliviar os efeitos do aquecimento global, segundo sua nota, que será enviada aos líderes que se reunirão em Bali. Entre as empresas signatárias estão Nokia, Nike, Barclays e Shell, entre outras.

Segundo Charles, estas companhias entendem que os efeitos da mudança climática são irreparáveis e permanentes. Em seu artigo, ele assinala que os cientistas notaram há dois meses que a camada de gelo do pólo norte derrete a um ritmo sem precedentes. "Cerca de 43% da camada de gelo se derrete normalmente no verão. Este ano, 66% derreteu", especificou o príncipe, alertando que, apesar desta situação, não há evidências de que as emissões de dióxido de carbono estejam diminuindo. Charles considera ainda que uma das prioridades deve ser a detenção do desmatamento tropical, pois se estima que seja responsável por 20% das emissões de gases de efeito estufa. "Muitos de nós que tivemos a sorte de viver no mundo desenvolvido desde a Segunda Guerra Mundial crescemos com a certeza de que os níveis de vida aumentariam de geração em geração. Mas a mudança climática não só deterá este processo, como o reverterá, provavelmente para sempre", afirmou.

Fonte: EFE

Nenhum comentário: