sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Diretor da AIEA estimula o desenvolvimento nuclear brasileiro

O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o egípcio Mohamed ElBaradei, visitou as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) nesta quinta (6). A visita do diretor, segundo o presidente da INB, Alfredo Tranjan Filho, que acompanhou ElBaradei, “torna claro a transparência do processo nuclear brasileiro”.

O diretor da AIEA visitou a usina de enriquecimento isotópico de urânio, a etapa mais sofisticada do ciclo do combustível nuclear, e declarou à imprensa: “sem energia não há desenvolvimento e a energia nuclear pode produzir independência”. Durante uma reunião com dirigentes do setor nuclear brasileiro (Cnen, INB, Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP) e Eletronuclear) e representantes do Ministério das Relações Exteriores, ELBaradei conheceu as metas brasileiras para o setor energético e considerou-as “conservadoras”. O governo prevê que em até 2030 a produção de energia nuclear represente 5,7% da matriz energética nacional. "Ele (ElBaradei) afirmou que nosso país pode ter uma resposta maior do que esse percentual na produção total de energia. Nós temos reservas, tecnologia e conhecimento para almejar mais", declarou Alfredo Tranjan, presidente da INB.

Perguntado sobre a segurança das instalações da INB, ElBaradei deixou claro que não há preocupação da AIEA em relação a este importante tema, no qual o Brasil é visto sempre como referência, mas deixa evidente a importância da transparência na questão nuclear. “É preciso trabalhar com transparência completa”, declarou. - O comportamento brasileiro na atividade nuclear é exemplar. A presença do diretor da AIEA é uma demonstração de que estamos fazendo direito e que continuaremos fazendo direito – lembrou Tranjan. A produção da energia nuclear brasileira atual é de 2.600 KW/h, e a previsão é que sejam construídas de quatro a oito novas usinas nucleares até 2030. Além de ter a sexta maior reserva de urânio do mundo, a INB detém a tecnologia em todas as etapas do ciclo do combustível nuclear. Três delas – reconversão, produção de pastilhas e montagem do elemento combustível – estão em operação no parque industrial da INB em Resende (RJ).

Fonte: MCT

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