terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Energia dos EUA polui 11 vezes mais

Roberto do Nascimento

A mesma energia que coloca o Brasil sob risco de apagão, se não chover o suficiente e no lugar certo, é também a que confere ao País uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, gerada basicamente de hidrelétricas. Estudo realizado por diversos ministérios brasileiras mostra que, por praticamente todas as leituras, o País emite menos dióxido de carbono (CO2), o principal causador do efeito estufa, na produção de energia. Assim, enquanto os Estados Unidos emitem 19,73 toneladas de CO2 per capita para gerar energia e o Japão, 9,52, o Brasil gera 1,76 tonelada, abaixo da América Latina (2,05) e muito inferior à média mundial (4,18).

Um relatório feito por 15 especialistas para InterAcademy Council, que reúne as principais academias de ciências do mundo, dilvulgado no Brasil pelo físico José Goldemberg, co-presidente do painel, informa que um norte-americano médio consome o equivalente à necessidade de cem pessoas, enquanto no resto dos industrializados esse consumo equivale ao de 50 pessoas. Ou seja, além de fazer uso de energias mais poluentes, consomem muito mais. O desafio, informa Goldemberg, será gerar energia sustentável, que preserve o meio ambiente, estenda os serviços básicos a 2 bilhões de pessoas que não têm acesso ao benefício. Na comparação da emissão de CO2 na geração de energia pelo Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil perde para o Japão (0,49 para 0,25), mas se mantém à frente dos Estados Unidos (0,49 para 0,54) e da média mundial (0,49 ante 0,76). Segundo o trabalho, a baixa emissão de gases-estufa pelo País se deve às opções energéticas das últimas décadas. Além das hidrelétricas, o Brasil investiu em biomassa, como a produçáo da cana-de-açúçar, além de reduzir o consumo de lenha nos setores residencial e industrial.

Fonte: DiárioNet

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