Uma pesquisa do governo dos Estados Unidos sugere que a produção de biocombustíveis a partir de um tipo de gramínea pode gerar mais energia e cortar as emissões de dióxido de carbono em comparação com a gasolina.
A equipe do Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês), baseada na Universidade de Nebraska, Lincoln, calculou que a produção e consumo de etanol derivado de uma gramínea comum nas pradarias americanas (chamada de switchgrass) diminuiu a emissão de CO2 em cerca de 94% quando comparado com um volume equivalente de gasolina. A gramínea em questão é uma espécie de capim comumente encontrado nas grandes planícies e pradarias dos EUA. A queima de biocombustíveis também libera dióxido de carbono, mas o cultivo da gramíneas absorve uma quantidade comparável ao gás liberado na queima. Ainda assim, a quantidade de energia consumida no cultivo e no processamento das lavouras usadas na produção do biocombustível faz com que este tipo de combustível raramente seja considerado "carbono-zero", neutro em emissões dióxido de carbono. "As emissões de gases de efeito estufa desta gramínea mostraram uma diminuição de 88% de emissões destes gases em comparação ao etanol convencional", afirmaram os pesquisadores.
"O uso de resíduo de biomassa para produção de energia em uma biorrefinaria é a principal razão de as gramíneas e as pradarias cultivadas pelos homens apresentarem, em teoria, menores emissões de gases de efeito estufa do que os biocombustíveis de lavouras anuais (de alimentos), cuja produção atualmente é derivada de combustíveis fósseis", acrescentaram. A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences. O estudo foi realizado durante cinco anos e envolveu dez fazendas de tamanhos que variavam entre três a nove hectares.
Prejudicial?
Mais energia
Apesar de o processo de produção de etanol a partir da switchgrass ser mais complexo do que o biocombustível produzido a partir de lavouras de alimentos (como o milho ou a cana-de-açúcar), o chamado "biocombustível de segunda geração" pode ter um rendimento em termos de energia muito maior por tonelada, pois utiliza a planta toda na produção.
Fonte: BBC Brasil
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