segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Rede COBio ganhará versão on line

Fernanda Engelhard

Organizar e preservar os acervos de coleções biológicas e adequar a sua infra-estrutura são dois dos objetivos principais da Rede COBio, uma rede institucional de coleções botânicas e zoológicas que integra os acervos das principais instituições do Norte e Nordeste do Brasil.

A Rede é um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia(MCT). Fazem parte desta rede o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e as Universidades Federais do Maranhão (UFMA), do Piauí (UFPI) e do Ceará (UFC), as principais instituições que trabalham com pesquisa e formação de recursos humanos em Ciências Biológicas da região de abrangência do Projeto. Segundo Alexandre Bonaldo, pesquisador do MPEG e coordenador da Rede COBio, outras metas do projeto visam à formação de recursos humanos em zoologia e à facilitação da permuta de animais e plantas consignados às coleções científicas e didáticas.

Essa permuta fará com que coleções científicas regionais possam incrementar seus acervos com a ampliação de informações taxonômicas e biogeográficas. Além das coleções didáticas poderem dispor de material regionalmente raro para aulas práticas de zoologia e botânica. “Por exemplo, uma coleção do Norte pode permutar espécimes de ocorrência exclusiva na Região Amazônica por espécimes marinhos disponíveis em uma coleção do nordeste”, exemplifica Bonaldo.

Da mesma forma, materiais sem procedência, mas com informação taxonômica agregada, disponíveis em uma coleção científica, podem ser permutados por espécimes não identificados disponíveis em uma coleção didática, desde que a estes materiais estejam associadas informações mínimas confiáveis sobre o evento de coleta, que conferem importância científica ao mesmo. Outra novidade da Rede COBio será a disponibilização de guias de campo on line de animais e plantas, com forte conteúdo didático e de educação ambiental, direcionado tanto aos alunos de graduação em biologia quanto ao publico em geral. “Começaremos disponibilizando guias de campo de répteis, anfíbios e mamíferos ocorrentes no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará, mas estas iniciativas devem se multiplicar”, diz Bonaldo. Toda a articulação da Rede COBio, incluindo o sistema de permuta de material e a publicação dos guias de campo, será feita através da página do Projeto que, segundo o pesquisador, deve ser lançada ainda este mês.

Fonte: Assessoria de Comunicação PPBio Amazônia Oriental/Agência Museu Goeldi


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