Carlos Rangel
As usinas associadas União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) devem entregar até o dia 15 à entidade as informações sobre o consumo do bagaço de cana empregado nas caldeiras para geração de energia, relativas a 2006, em toneladas/ano. São Paulo concentra a grande parte das usinas de açúcar e álcool do País.
As informações foram solicitadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) com o propósito de elaborar um inventário das emissões de dióxido de carbono (CO2), que faz parte do projeto Respira São Paulo. A Cetesb quer saber qual a expectativa de aumento do consumo de bagaço nos próximos cinco anos. A companhia levou em consideração as peculiaridades do setor, como o fato de a cana resgatar os gases causadores do efeito estufa da atmosfera, restringindo suas solicitações, na primeira fase, aos combustíveis consumidos no processo industrial. Dos 50 projetos de geração de energia a partir de biomassa já aprovados ou em fase de aprovação no âmbito do mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, 21 referem-se especificamente ao uso de bagaço. Ou seja, antes de poluir, os processos de co-geração são reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como importantes mecanismos para reduzir as emissões de gases causadores do aquecimento global.
A geração de energia elétrica é o principal item de projetos de redução na emissão de poluentes no Brasil (159 de um total de 255), respondendo pela expectativa de 123,49 milhões de toneladas de CO2 evitadas no primeiro período do Protocolo de Kyoto, que vai até 2012.
Fonte: DiárioNet
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