Uma ação conjunta do Ibama e Polícia Federal retoma hoje os trabalhos de fiscalização de empresas madeireiras no município de Tailândia, pólo madeireiro localizado no nordeste do Pará, a 350 quilômetros da capital Belém. A Operação Arco de fogo, de combate a crimes ambientais na Amazônia, vistoria o armazenamento e o comércio de madeira ilegal. Para manter a ordem e a segurança dos fiscais, foi mobilizada a Força Nacional de Segurança Pública. O efetivo conta com 300 agentes públicos, além de 200 homens da Polícia Militar do Pará. O Governo do Pará dá apoio à ação que não tem data pra acabar.
Quatro equipes mistas (Ibama, PF, Sema e FNS) vão dar continuidade ao trabalho de fiscalização. Ainda restam mais de 130 serrarias a serem vistoriadas. O Ibama avalia a documentação da empresa, faz o levantamento da madeira estocada no pátio da serraria e apreende a madeira sem origem comprovada. A Polícia Federal indicia os responsáveis pelo crime ambiental. Pode haver prisões, se constatado o flagrante. Um convênio firmado entre Ibama e Governo do estado do Pará permite a doação da madeira apreendida à Secretaria de estado de Meio ambiente que providencia a retirada da madeira que será destinada para fins sociais. Desde sábado, 23, a Sema já retirou da cidade 48 caminhões carregados ou cerca de 1500 metros cúbicos de madeira.
Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, a ação conjunta das instituições federais ocorre de acordo com as ações do Plano de Ação para a Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAM) e foi a articulada em reunião no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República no dia 19 deste mês. Nesta data, fiscais do Ibama realizavam uma vistoria em madeireira quando foram cercados por uma multidão enfurecida com cerca de 2 mil pessoas. Os servidores deixaram a cidade sob proteção do Batalhão de Choque da PM e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). A população teria se revoltado porque donos de serrarias teriam ameaçado de demiti-los caso fossem fiscalizados. As carvoarias também estão na mira da ação conjunta. Suspeita-se que elas utilizem madeira extraída ilegalmente da floresta como matéria-prima para a produção de carvão. Desde o dia 11 quando chegou a Tailândia, o Ibama já fiscalizou 10 serrarias das cerca de 147 que existem em Tailândia. Cinco delas foram multadas por ter em depósito e vender madeira ilegal.
Dos mais de 20 mil metros cúbicos de madeira vistoriados, 13 mil foram apreendidos. As multas aplicadas já somam mais de R$ 1,5 milhão. Também foram destruídos 152 fornos para produção de carvão que não tinham a devida licença ou por utilizarem madeira nativa, o que resultou em multa de R$ 61 mi
Fonte: Ibama
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