A Comissão Européia (CE) chegou à conclusão hoje de que as imagens reveladas recentemente pela Austrália demonstram que o Japão desobedece a proibição internacional de caça a baleias e pediu uma "firme" postura unida da UE contra a caça com fins científicos. As imagens mostram "como alguns países continuam desobedecendo a proibição internacional de caça a baleias sob a fantasia de pesquisa científica", declarou a CE em comunicado. O Governo australiano revelou ontem fotos tiradas por um navio do departamento de Alfândegas deste país, o "Oceanic Viking", que mostram uma baleia minke e sua cria mortas enquanto são arrastadas pela rampa de um baleeiro japonês.
Estas imagens mostram que "mais que nunca a UE necessita estar unida" contra esta prática, afirmou o comissário europeu do Meio Ambiente, Stavros Dimas, que pediu aos países da entidade que alcancem "uma posição comum para reforçar os esforços de proteção" a estes animais. A Comissão Baleeira Internacional se reunirá em junho, e a CE pediu que a UE leve a esta reunião uma posição unida que reforce o objetivo de proteger as baleias. "As baleias estão protegidas pela Comissão Baleeira Internacional e pela legislação da União Européia. A pesquisa científica não deve ser usada para encobrir a caça contínua", declarou o comissário de Pesca e Política Marítima, Joe Borg.
O Japão anunciou em novembro um plano para caçar 50 baleias jubartes, além de 850 baleias minke e meia centena de baleias fin com pretextos científicos, mas sua campanha esteve cercada este ano de uma controvérsia especial. Em dezembro, o Governo de Tóquio anunciou a suspensão da captura de baleias jubartes, que ia realizar neste ano pela primeira vez desde a moratória imposta em 1963 e que tinha criado uma grande controvérsia internacional. A CE afirmou hoje que a baleia jubarte e a fin estão classificadas como espécies "vulneráveis" e "em perigo" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Por isto, considerou que existe um "sério risco" de que a caça realizada pelo Japão prejudique os esforços a longo prazo para a viabilidade das espécies.
Fonte: EFE
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