Ardência, queimaduras, dor. Quem foi às praias do litoral paulista nestas férias de verão teve uma surpresa desagradável ao se deparar no mar com uma leva de águas-vivas, criaturas semelhantes às da foto acima, trazidas provavelmente por correntes marinhas frias.
Cerca de 900 ataques foram registrados em todo o litoral do estado de São Paulo no começo de 2008.Para tirar a má impressão que esses animais deixaram, uma dica é apreciar a beleza destes e de outros seres marinhos pouco conhecidos na Estação Ciência, onde desde o dia 8 ocorre a exposição fotográfica Oceano: vida escondida. A mostra, que vai até o dia 11 de maio, apresenta imagens de corais, crustáceos e outros animais dos oceanos praticamente desconhecidos, seja pelo seu pequeno tamanho ou por viverem em grandes profundidades.“O forte da mostra é a força das imagens. Algumas são de uma plasticidade, colorido e beleza incríveis”, afirma Álvaro Migotto, um dos quatro autores das fotos e diretor do Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da USP.
As outras imagens foram produzidas por Alberto Lindner (também curador da exposição), Bruno Vellutuni e Inácio da Silva Neto, todos pesquisadores do Cebimar, uma das instituições mais antigas da USP, nascida em 1955 como Fundação Instituto de Biologia Marinha (IBM). As fotos foram produzidas de diferentes maneiras e em locais diversos. Algumas foram obtidas em aquários, como a da medusa Eirebe sp., que, além do seu tamanho minúsculo, possui o corpo transparente. Já o colorido impressionante do esqueleto calcário de uma larva de bolacha-do-mar foi obtido através de microscópios, com o uso de luz polarizada.
A maioria dos animais registrados habita áreas rasas e costeiras. Porém, as imagens de colônias de corais e esponjas, por exemplo, foram obtidas por Alberto Lindner de um submarino, nas águas frias e profundas das Ilhas Aleutas, no Alasca (EUA). Além das fotografias, também estarão expostos alguns materiais, como esqueletos de equinodermos como ouriços e amostras de plânctons, além de alguns vídeos curtos que mostram aos visitantes o ciclo de vida de alguns dos seres fotografados, como a bolacha-do-mar. Há também fotos especiais em 3D, que só podem ser observadas com a utilização de óculos especiais, disponíveis no local.
Fonte: Agência USP
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