Roberto do Nascimento
A Vale vai concluir no segundo semestre seu inventário de emissões de gases que causam o aquecimento global já incluindo a Inco, empresa canadense recentemente adquirida. O trabalho fará parte do Projeto Carbono, pelo qual a empresa vai buscar neutralizar ou reduzir drasticamente o seu balanço de emissões. Levantamento anterior, de 2005, identificou a emissão de 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou seu equivalente em outros gases.
Para fazer frente a esse processo, a Vale programou o plantio de 346 milhões de árvores (50% de eucalipto e 50% de floresta natural) até 2015, que vão fixar 160 milhões de toneladas de CO2 em 21 anos, ou 8 milhões de toneladas/ano. A fixação de carbono começa no primeiro ano de vida das árvores. A mineradora deve ampliar sua área de preservação direta ou partilhada de florestas, correspondente a cerca de 3 bilhões de árvores. Essas matas representam emissão evitada de 1 bilhão de toneladas de CO2, quase 70% das emissões totais do Brasil em 2006, que foram de 1,4 bilhão de toneladas.
A empresa ainda avalia a possibilidade de fazer um projeto de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto, que permite a países sem meta de redução de emissões, caso do Brasil, desenvolver projeto de produção menos agressivos ao meio ambiente, vendendo aos países que têm metas o equivalente às emissões evitadas. Cada tonelada de CO2 não emitida está cotada em cerca de 16 euros. Entre medidas já adotadas pela Vale elegíveis para projetos de MDL está a substituição de 20% do diesel usado nas locomotivas da empresa por biodiesel (o chamado B20). De acordo com a BR Distribuidora, o fornecimento da mistura chega a 33 milhões de litros/mês nas linhas da mineradora, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e as emissões de alguns poluentes em até 20%.
Fonte: DiárioNet
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