Adotar um conjunto de medidas que tornariam possível controlar a mudança climática e as conseqüências ambientais que dela derivam custaria pouco mais de 1% do PIB mundial até 2030, período no qual o crescimento econômico global seria de 97%. Esta foi a principal mensagem do relatório anual de perspectivas ambientais publicado hoje pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ressaltou que há como arcar com este custo.
A entidade insistiu na necessidade de atuar de forma urgente e organizada entre todos os países. O citado custo de pouco mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial entre 2005 e 2030 de todas as medidas para frear as emissões de gases do efeito estufa significaria que o crescimento global seria reduzido em 0,03 ponto ao ano. Durante todo esse período, a progressão econômica ficaria em 97%, em vez dos 99% se não fosse aplicado o arsenal de medidas previstas pela OCDE.
Entre as propostas da organização estão impostos ecológicos, a tarifação da água, trocas de permissões de emissão, penalização das pessoas que poluem, cânones sobre os resíduos gerados, eliminação de subvenções a combustíveis fósseis ou normas mais rígidas sobre eficiência energética em casa e transporte. Esse dispositivo permitiria conter a progressão das emissões de gases do efeito estufa em 12% até 2030, em vez dos 37% à revelia de medidas (que subiria a 52% em 2050). Caso estas medidas não sejam adotadas, o chamado "Clube dos países desenvolvidos" adverte de que o mundo terá que enfrentar uma série de conseqüências muito mais graves, como um aquecimento da temperatura global de entre 1,7 a 2,4 graus em meados de século em relação ao nível da era pré-industrial.
Isso seria uma redução "considerável" da biodiversidade, um agravamento da escassez de água sofrido por 3,9 bilhões de pessoas (um bilhão a mais que agora), um aumento da poluição atmosférica com uma alta da mortalidade. Os autores do relatório advertem de que quando mais tarde as medidas forem aplicadas, as altas dos custos poderiam ser consideráveis.
Fonte: EFE
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