As descobertas científicas são alvo constante de notícias que atraem a atenção do público, sobretudo quando se trata de pesquisa em saúde. No entanto, nem sempre é fácil entender a linguagem que os cientistas utilizam para explicar o resultado dos seus projetos, usando expressões incomuns no dia-a-dia da população. Pensando nessa dificuldade, enfrentada principalmente por jornalistas, que têm papel crucial na veiculação das informações para a sociedade, o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco, elaborou a publicação Setenta termos para compreender a pesquisa em saúde. A obra está disponível para download aqui.
Organizado pela Assessoria de Comunicação Social (Ascom) da instituição, o trabalho apresenta um glossário com definições para os vários tipos de pesquisa - avaliativa, básica, biomédica, clínica, estratégica, fundamental, epidemiológica, entre outras - propriedade intelectual, ética em pesquisa, Lei de Inovação, economia em saúde, bem como informações sobre os principais fundos setoriais de saúde e ciência e tecnologia (C&T). Existem, também, na publicação, termos que ajudam a entender melhor as políticas e programas desenvolvidos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A obra contextualiza a Fiocruz em Pernambuco na pesquisa em saúde, com informações sobre sua atuação no Nordeste, com projetos científicos de doenças comuns na região, como dengue, doença de Chagas, esquistossomose, filariose, leishamiose, além de aids e tuberculose. Há, ainda, dados sobre a formação de recursos humanos para o SUS, por meio do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública stricto sensu, com doutorado, mestrado acadêmico e mestrado profissional, e lato sensu, com cursos de especialização, residência, além de atualizações e capacitações.
A publicação, que também é voltada para gestores e profissionais interessados no setor de C&T em saúde, surgiu da necessidade de uma melhor contextualização de termos e expressões que atualmente fazem parte da área de pesquisa em saúde, tendo em vista que, com exceção da pesquisa militar, é a que tem tido os maiores gastos financeiros em termos mundiais. Por meio dessa obra de 64 páginas, ilustrada e de fácil manuseio, a assessoria espera contribuir para a comunicação e a educação em saúde, ajudando a compreender esse setor. O material foi elaborado reunindo alguns termos e conceitos já existentes em documentos e glossários produzidos pelos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia.
A publicação teve coordenação-geral da jornalista Paula Lourenço e coordenação-executiva da também jornalista Silvia Santos. Contou com assessoria técnica da lingüista e professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE Nelly Carvalho, dos biblioteconomistas Adagilson Batista e Mégine Cabral, ambos da Fiocruz em Pernambuco e, na revisão conceitual, colaboraram: Fabiane Cavalcanti, jornalista do Jornal do Commercio e mestre em lingüística pela UFPE, e os pesquisadores Alexandre Bezerra de Carvalho, Ana Brito e Wayner Souza, do CPqAM.
Fonte: Fiocruz
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