Uma espécie de macaco, descoberta há apenas três anos em uma pequena floresta da Tanzânia, poderá se extinguir em pouco tempo, informaram cientistas da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês) ao LiveScience. Batizada de kipunji (Rungwecebus kipunji), a espécie foi descoberta em 2005 na região montanhosa do sul do país africano. Em 2006, análises genéticas identificaram que o Kipunji representa um novo gênero de primata, o primeiro desde 1923. A WCS publicou um estudo em Nova York, nos Estados Unidos, reconhecendo o risco de extermínio.
Atualmente, a espécie é encontrada em apenas duas regiões isoladas de florestas, com menos de 18 km² de extensão, vivendo em apenas 38 grupos, cada um com 15 a 39 membros.
O kipunji, bastante visto em galhos e árvores, tem uma faixa esbranquiçada que vai da cabeça às costas e possui uma comprida pelagem marrom que aparece nos lados e no alto de sua cabeça. A característica mais conhecida da espécie é um estranho som que emite para se comunicar em grupos. O diretor da WCS, Tim Davenport, afirmou que tudo que estiver ao alcance deve ser feito enquanto é tempo para proteger esta espécie "extremante rara e pouco conhecida". Segundo ele, os pesquisadores descobriram que grande parte do habitat do macaco é gravemente destruído pela exploração madeireira ilegal. Além disso, a caça sem limites também é um dos problemas que colocam em risco a sobrevivência da espécie.
A organização propõs que o Kipunji seja considerado pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês) como "criticamente ameaçado", ou seja, espécie que exige medidas imediatas de preservação para que não desapareça.
Fonte: Redação Terra
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