Marcos Esteves
Segundo Márcio Silveira, a idéia é unir as experiências das duas instituições. “A tecnologia que existe atualmente já é aplicada, mas ainda vai evoluir. A UFT e a Embrapa podem fazer um trabalho conjunto com a batata-doce em termos de agroenergia”, afirma. O chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Celso Luiz Moretti, destaca a idéia de fortalecer a rede de parceiros, convidando a Embrapa Agroenergia (Brasília-DF) e outras instituições de ensino e pesquisa com trabalhos na área para participar da iniciativa. Márcio Silveira explica que a universidade trabalha há dez anos no desenvolvimento dessa tecnologia.
Hoje, a UFT possui uma usina piloto que produz 150 litros de etanol de batata-doce por dia e o resíduo da produção é aproveitado como ração animal.
Na Embrapa Hortaliças, os estudos se concentram na avaliação de materiais genéticos de batata-doce com aptidão para a produção de álcool. Parte desse banco de cultivares pode ser intercambiado entre as duas instituições e demais parceiros.
De acordo com Márcio Silveira a rusticidade, o ciclo curto de produção e a alta variabilidade genética são algumas das vantagens que a batata-doce apresenta na produção de álcool. Segundo o pesquisador, a produtividade dessa hortaliça pode chegar e 40 toneladas por hectare e o custo de produção do álcool obtido na UFT é de 47 centavos por litro. Celso Moretti, acredita que o primeiro fruto da parceria poderá ser produzido ainda esse ano.
Trata-se de uma publicação reunindo todas as informações geradas até o momento sobre a utilização de hortaliças com aptidão para a produção de bioenergia. “Já existem muitos trabalhos nesse sentido e esse é um campo ainda aberto para estudos”, afirma.
Fonte: Embrapa
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