Comunidade internacional discutirá em evento no Marrocos o fim da moratória da matança dos mamíferos marinhos
Encerra nessa quinta-feira (20) na Costa Rica, a reunião de quatorze países latinoamericanos do chamado Grupo de Buenos Aires, com a participação de 24 organizações não-governamentais, para os preparativos para a 62ª reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB).
O encontro realizado entre os dias 17 a 20 de maio serviu para que as organizações da sociedade civil fechassem posição contra qualquer tipo de caça de baleias. As organizações presentes, entre elas o Instituto Baleia Jubarte, com sede na Bahia, manifestaram preocupação em relação à proposta defendida pelo presidente da CIB, o embaixador chileno Cristián Maquieira, que considera o fim da moratória de caça comercial de baleias.
A proposta legitima a matança destes animais dentro de santuários de baleias e estabelece quotas de captura sem critérios científicos. “A proposta do presidente da CIB, se aprovada, significará um retrocesso histórico nestes 24 anos de vigência da moratória internacional de caça de baleias. Alguns pontos da proposta são inaceitáveis para a conservação das baleias, como a continuidade da caça no oceano austral e as elevadas quotas de captura de baleias”, diz a bióloga Márcia Engel, presidente do Instituto Baleia Jubarte.
Como resultado do evento, foi publicada uma declaração das organizações não-governamentais em que os participantes contestam as intenções da comissão e alerta para colapso de todo o esforço empreendido em mais de duas décadas pela preservação das baleias. “Vemos com profunda preocupação o rumo que tomou o processo de negociação para definir o futuro deste organismo internacional”, diz o documento.
A CIB é uma organização internacional que foi instituida pela Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira criada em 1946 em Washington. O objetivo é legitimar as regras para a conservação das baleias e ordenar o desenvolvimento da indústria baleeira. A 62ª Reunião da CIB será realizada de 21 a 25 de junho no Marrocos. “Para nós, a questão se torna mais emergente pela proximidade da reunião que acontecerá em cinco semanas”, alerta Engel
Fonte: ONG Baleia Jubarte
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