quarta-feira, 28 de junho de 2006

Quatro pingüins são resgatados na orla de Niterói

Niterói, 28/08/06

Quatro pingüins foram resgatados hoje nas orlas de Icaraí, São Francisco, Piratininga e Itaipu, somando uma ‘invasão’ de 30 deles só neste mês em Niterói. Apesar de uma das aves ter sido apelidada carinhosamente de Ronaldo, os animais chegaram bem abaixo do peso. Eles apresentavam mais ou menos um quilo, quando o peso ideal é de quatro quilos. Os bichos, que normalmente chegam com hipoglicemia e hipotermia, receberam papa de peixe, antibióticos, glicose, medicação para vermes e para fungos. Depois da um período de dois meses de reabilitação, os pingüins serão reintegrados ao local de origem. "Os pingüins são muito jovens. Eles vêm normalmente da Patagônia e, por inexperiência, caem em correntes marítimas de água quente, principalmente nos meses de junho, julho e agosto", explica o veterinário Thiago Muniz.

Segundo o presidente da Neltur, José Mauro Haddad, que não perdeu a oportunidade de alimentar os animais, o ZôoNit é referência em devolução de animais a natureza e recebe permanentemente animais resgatados no município e na região, o que superlota o zoológico. "O zôo tem problemas sérios que estão sendo, aos poucos, resolvidos. Há dois anos, a diretora-presidente da Fundação ZôoNit, Giselda Candiotto, não tinha dinheiro para fazer nada. Hoje, conseguimos aumentar a verba municipal de R$ 12 mil para R$ 30 mil, mas ainda falta muita coisa", defendeu o presidente da Neltur, José Mauro Haddad. De acordo com José Mauro, o que falta no zoológico é um planejamento de marketing. Desta forma, ele não seria mais sub aproveitado e se tornaria um ponto turístico da cidade. Dentro dos planos que serão postos em prática, a partir do ano que vem, está a construção de um restaurante temático, melhor sinalização a partir da Ponte Rio-Niterói e adoção de animais por empresários. Antes disso, questões básicas de funcionamento tem que ser resolvidas. De acordo com Giselda, a área onde ficam os animais teria que ser transferida por causa dos constantes alagamentos. Em dias de chuva forte, a água chega a subir 90 centímetros. Além do perigo que os animais correm de pegar doenças como leptospirose, já houve ocasiões em que jacarés conseguiram escapar.

Fonte: O Fluminense

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