quinta-feira, 22 de março de 2007

OMS: falta de água limpa atinge mais de um bilhão


Uma mãe banha sua filha com a água de um caminhão-pipa em Nova Délhi, na Índia. Atualmente, 2,6 bilhões de pessoas vivem sem condições de saneamento


A falta de acesso à água limpa atinge mais de um bilhão de pessoas, de acordo com alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, o Dia Mundial da Água.

A organização alerta que esse número pode dobrar até 2025, quando dois terços da população mundial pode estar sofrendo com problemas ligados à escassez de água limpa. Atualmente, 2,6 bilhões de pessoas - metade da população dos países em desenvolvimento - vivem em locais sem condições básicas de saneamento. Os problemas relacionados à falta de acesso à água adequada matam mais de 1,6 milhões de pessoas todos os anos. Segundo a OMS, 90% das mortes ocorrem entre crianças menores de cinco anos, principalmente em países mais pobres. "Para cada criança que morre, inúmeras outras sofrem de problemas de saúde, produtividade reduzida e perda de oportunidades de educação", disse a diretora-geral da OMS, Margareth Chan.


Doenças

A água contaminada pode causar doenças com febre tifóide, cólera, malária, dengue e febre hemorrágica. Segundo Chan, muitas das doenças e mortes poderiam ser prevenidas com o uso de conhecimentos e tecnologias básicas que já existem há anos. "A melhoria da administração ambiental pode tornar mais difícil a sobrevivência e reprodução de transmissores de doenças, como mosquitos", disse. "A água é um assunto de todos. Nós deveríamos aprender uns com os outros." A OMS alerta também que as mudanças climáticas podem piorar ainda mais a situação, ao aumentar os períodos de seca, alterar os padrões de chuva e derreter parte das geleiras do planeta. "No (hemisfério) norte, a quantidade de chuva está aumentando, enquanto no sul os períodos de seca estão ficando mais longos", disse a OMS. Conflitos relacionados à água podem surgir em áreas atingidas entre a comunidade local e também entre países, porque dividir um recurso essencial e limitado é extremamente difícil."

Fonte: BBC Brasil

NOTICIA DE NÚMERO 1000 EM MIDIA, CIENCIA E SUSTENTABILIDADE

Nenhum comentário: