quinta-feira, 24 de maio de 2007

Medicina nuclear avança em Minas

Projeto do CDTN vai viabilizar diagnóstico e terapia para várias doenças
Minas Gerais passará a contar com a produção de radiofármacos, medicamentos usados em exames de medicina nuclear, hoje ainda restrita ao eixo Rio-São Paulo.

O projeto de implantação da Unidade de Produção e Pesquisa de Radiofármacos – que inclui um acelerador de partículas cíclotron - está em pleno andamento nas obras de engenharia civil, na sede do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/Pampulha). O CDTN é vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear, autarquia do Ministério da Ciência e Tecnologia. Inicialmente, a unidade irá produzir o Flúor-18. Esse radioisótopo, ligado a uma molécula de glicose, forma o FDG (Fluorodeoxiglicose), traçador ideal para aplicação em especialidades médicas como oncologia, cardiologia e neurologia, devido ao baixo risco radiológico e ambiental inerentes.

Por exemplo, o radiofármaco FDG auxilia o médico na identificação de um câncer primário ou metástase antes que as evidências estruturais da doença estejam presentes. A unidade também desenvolverá pesquisas de novos radiofármacos, em parceria com a Faculdade de Farmácia da UFMG. Apresentação do projeto para a classe médica Neste sábado (26), o CDTN irá promover, em parceria com a Sociedade Mineira de Radiologia, um encontro entre profissionais da área de medicina nuclear e afins, com a presença de especialistas de São Paulo. Serão abordados os avanços que essa tecnologia trará tanto em termos clínicos, beneficiando a população de Minas Gerais, como de desenvolvimento e pesquisa científica. O evento, com apoio da Associação Médica de Minas Gerais e GE Healthcare, trará a Belo Horizonte o médico Jairo Wagner, do Hospital Albert Eistein (SP), um dos grandes especialistas no tema. Contará, ainda, com a presença da pesquisadora Eliane Bortoleti, do Instituto de Pesquisas Energéticas (Ipen-SP), responsável hoje pela produção de 97% dos radiofármacos no Brasil. "Produzir o FDG em Minas vai eliminar a dependência que temos da produção desse radiofármaco em São Paulo.

Como sua meia-vida é curtíssima (110 minutos), toda a logística de prazo de envio dificulta e encarece seu uso", ressalta o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear, Adelanir Barroso, médico com mais de 30 anos de atuação na área. "Com recursos da ordem de R$ 11,2 milhões, a instalação do cíclotron representa um grande avanço em toda a área médica e não só na medicina nuclear", afirmou Sérgio Filgueiras, diretor do CDTN. Sugestão de entrevistas - Sérgio Filgueiras, diretor do CDTN - Adelanir Barroso, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear - Renato Rocha (Gerente de Projetos) e João Batista de Paula Neto (Gerente de Medicina Nuclear & PET/CT), ambos profissionais da GE Healthcare, fabricante do cíclotron - Carlos Simal e Viviane Marino – Hospital das Clínicas; Faculdade de Medicina da UFMG Mais informação no tel.: (31) 3069-3327, ou pelo e-mail:

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