quarta-feira, 27 de junho de 2007

Movimento contra transposição do Rio São Francisco já reúne 1,5 mil pessoas

Sabrina Craide

De ontem para hoje, mais 300 pessoas se uniram aos manifestantes no acampamento em Cabrobó (PE), montado para tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco. Segundo a assessoria de imprensa do movimento, atualmente há cerca de 1.500 pessoas no local, incluindo representantes de 16 povos indígenas da Bacia do São Francisco.
Os manifestantes aguardam comunicado da Advocacia-Geral da União (AGU) de reintegração de posse para decidir se irão desocupar a área ou partir para o enfrentamento. Eles estão instalados entre as fazendas Trucutu, Toco Preto e Mãe Rosa, onde deverá passar parte do Eixo Norte, que levará água do Rio São Francisco ao sertão nordestino.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, a área ocupada já foi desapropriada para a execução das obras, portanto é de propriedade da União. A AGU informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá propor uma ação de reintegração de posse do local, a pedido do Ministério da Integração Nacional. O objetivo é concluir a ação o mais breve possível, mas o órgão ainda aguarda informações sobre a região. À tarde, os manifestantes deverão cobrir um buraco feito pelo Exército no local onde estão acampados e arar uma parte da terra para o plantio de mudas. Entre os participantes da manifestação estão indígenas, quilombolas, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Na última segunda-feira (25), o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó.

Fonte: Agência Brasil

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