Fabio Lino
Iniciativa da Unesco é resultado de um concurso que premiou três universitários do Rio de Janeiro e de São Paulo
Divulgar a importância da Ciência da Terra para o bem-estar de todos os seus habitantes e na busca de um mundo sustentável. Esse é o objetivo do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT), que será lançado amanhã (12), em Paris (França), num evento patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na ocasião, universitários de diversos países - entre eles três brasileiros - debaterão as melhores formas de divulgar as pesquisas científicas em favor do Planeta. "Muitas decisões ficaram restritas à política e à diplomacia, sem que chegassem à população. Queremos agora é divulgar o conhecimento da Ciência da Terra para que a responsabilidade sobre o nosso Planeta seja mais consistente em todos os níveis", afirma Carlos Oití, coordenador-geral das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e conselheiro sênior da AIPT.
O trabalho da Unesco iniciou-se com a realização de um concurso internacional com a participação de estudantes de 191 países, no qual os três brasileiros foram selecionados: Igor Kestenberg Marino, 20 anos, estudante de geofísica da Universidade Federal Fluminense (UFF), Francisco Ferreira de Campos, 18 anos, estudante de geologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Tamirez Nogueira Magalhães, 20 anos, estudante de comunicação social da UFF. O prêmio foi a viagem a Paris. Os critérios, segundo Oití, levaram em conta a criatividade e o conhecimento sobre o tema. "Fiz um vídeo explicando a vida no oceano", resume o estudante Igor Marino. Segundo ele, a inspiração surgiu devido a sua consciência ecológica. "Quero contribuir e ajudar na preservação do Planeta", acrescenta o carioca. O desenho foi a maneira escolhida pelos outros participantes, Francisco e Tamirez. O primeiro representou o problema da água subterrânea, mostrando a realidade de dois países: um pobre e outro rico. "A ilustração mostra a água como a nova fronteira de disputa entre os países. Quis alertar sobre esse problema", explica Francisco Campos.
Já Tamirez Magalhães preferiu mostrar, em seu desenho, o problema provocado pela desordem urbana em uma megacidade. De acordo com ela, a solução desse obstáculo está no próprio homem. "Quis traduzir o caos urbano, mas sempre lembrando que há pontos positivos, e que o homem é responsável por melhorar o local onde mora", resume. Estarão com os brasileiros em Paris outros 347 estudantes de todas as partes do Globo. Carlos Oití esclarece que os temas do concurso foram baseados em estudos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que considerou dez tópicos prioritários: Água Subterrânea; (Mega)cidades; Clima; da Crosta ao Núcleo da Terra; Desastres Naturais; Oceanos, Recursos (Naturais e Energia); Solos; Terra e Saúde; Terra e Vida.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MCT
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