Ao comentar a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) declarou nesta sexta-feira (16) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa assumir a responsabilidade pela preservação ambiental, assim como o fez em relação à política econômica. O senador lembrou que, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda, Lula reiterava que a condução da economia era responsabilidade do governo federal, e não do então ministro. - O presidente Lula tem de ser o guardião das florestas e das reservas ambientais, e não o ministro do Meio Ambiente - afirmou ele, ressaltando que a substituição de Marina Silva "gera um desconforto e uma preocupação em toda a comunidade internacional".
Cristovam disse ainda que a saída de Marina "é um sinal muito forte, para Lula, de que às vezes não se aglutina somente pela média; aglutina-se optando por um lado e convencendo o outro lado a aceitar isso". Nesse contexto, ele argumentou que, "neste momento, não se trata de levar os ecologistas a aceitarem aquilo que o agronegócio quer; trata-se de fazer com que o agronegócio entenda que não se pode fazer tudo que o mercado manda, e que isso é de seu próprio interesse de longo prazo".- Se fôssemos seguir o mercado livremente, estaríamos vendendo cocaína nas esquinas - ressaltou ele.
Ao comentar a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) declarou nesta sexta-feira (16) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa assumir a responsabilidade pela preservação ambiental, assim como o fez em relação à política econômica. O senador lembrou que, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda, Lula reiterava que a condução da economia era responsabilidade do governo federal, e não do então ministro.
Quanto ao etanol - um dos focos de divergência entre os representantes do agronegócio e os ambientalistas -, o senador defendeu a imposição de limites para o cultivo da cana-de-açúcar destinada à produção desse biocombustível, com a definição de quantos hectares poderão ser ocupados e qual o volume a ser produzido. E comparou o Brasil à Organização dos Países Exportadores do Petróleo (Opep). - A Opep entendeu isso, pois é o mercado que se submete a essa organização, e não o contrário - disse.
Cristovam disse ainda que a produção nacional de etanol não pode levar à queda na produção de alimentos, mas observou que isso é uma possibilidade, pois "na disputa entre o estômago das pessoas e os tanques de gasolina, este último vence sob as regras do mercado".
Fonte: Agência Senado
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