Por Jailma Simone dos Diários Associados
Fortes correntezas abriram crateras de até 3,70 metros de profundidade e deixaram cerca de cinco mil pessoas ilhadas, sem energia, nem comunicação.Essa situação foi vivenciada pela população de Camalaú, a 332 km de JoãoPessoa. Entre os meses de maio e julho deste ano o alto índice de pluviosidade assustou os moradores. Essa é a segunda reportagem da série"Desbravando o Cariri".
O Jonrla O Norte vai relatar a situação das estradas que dão acesso ao município de Camalaú e as condições do açude que abastece a cidade depois de um inverno rigoroso. Aesa alerta que desafio é conscientizar população a não invadir áreas deinundações, como os reservatórios
Uma vegetaçãoresistente a um período prolongado de secas, mas solos frágeis à intensidadedas chuvas. Essa característica é peculiar da caatinga. No verão, a vegetação se recolhe. A estratégia natural de sobrevivência é derrubar as folhas para evitar a evaporação de líquidos e minimizar o gasto de energia. Basta o anúncio de água, logo as plantas se recompõem com a mesma bravura.
O problema está nos solos. Quando as chuvas passam do limite aterra seca não suporta o fluxo da água e abre fendas, muitas vezes crateras. Esse processo modela a paisagem do semi-árido a cada inverno. Este ano o excesso das chuvas deixou a população impressionada. Os contornos das rochas, delineados pelas fortes correntezas, denunciam o quanto o período foi assustador.Trincheiras foram abertas devido às fortes chuvas registradas na região
Pela primeira vez, depois de 28 anos construído,o açude Zé Tourinho (açude de Camalaú), transbordou. "Ninguém imaginava queia acontecer isso. A gente só via uma cena como essa na televisão. Foi uma bela de uma surpresa", relatou emocionado Manoel Messias de Oliveira, morador da cidade. A força da água causou estragos numa faixa de terra de aproximadamente 300 metros. Nas rochas, a marca da energia causada pela correnteza. Buracos imensos se formaram nas pedras e parte da estrada que dá acesso à cidade se rompeu. A tragédia poderia ter sido pior caso o prefeito da cidade não tivesse recebido o alerta do professor da UFPB, Paulo Rosa."Numa visita anterior pude observar que se houvesse transbordamento da barragem, o sangradouro não iria suportar o volume da água e haveria uma inundação de grande parte de terras. Então, o prefeito mandou desviar ocanal de transbordamento e evitou um estrago maior", afirmou.
Cybelle Frazão, diretora presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), afirmou que um dos maiores desafios do órgão éconscientizar a população a não invadir as áreas de inundações, o que ocorrena maioria dos reservatórios do estado. A AESA monitora 123 açudes em todo oestado. "O caso específico em Camalaú é que a cidade aproximou-se do açude econstruíram a estrada dentro da bacia hidráulica. Devido as intensas chuvas no curto espaço de tempo, a AESA ficou em alerta permanente, inclusive,percebemos a necessidade de abrir as comportas para evitar a destruição daestrada, mas a população nos impediu", alegou.
Fortes correntezas abriram crateras de até 3,70 metros de profundidade e deixaram cerca de cinco mil pessoas ilhadas, sem energia, nem comunicação.Essa situação foi vivenciada pela população de Camalaú, a 332 km de JoãoPessoa. Entre os meses de maio e julho deste ano o alto índice de pluviosidade assustou os moradores. Essa é a segunda reportagem da série"Desbravando o Cariri".
O Jonrla O Norte vai relatar a situação das estradas que dão acesso ao município de Camalaú e as condições do açude que abastece a cidade depois de um inverno rigoroso. Aesa alerta que desafio é conscientizar população a não invadir áreas deinundações, como os reservatórios
Uma vegetaçãoresistente a um período prolongado de secas, mas solos frágeis à intensidadedas chuvas. Essa característica é peculiar da caatinga. No verão, a vegetação se recolhe. A estratégia natural de sobrevivência é derrubar as folhas para evitar a evaporação de líquidos e minimizar o gasto de energia. Basta o anúncio de água, logo as plantas se recompõem com a mesma bravura.
O problema está nos solos. Quando as chuvas passam do limite aterra seca não suporta o fluxo da água e abre fendas, muitas vezes crateras. Esse processo modela a paisagem do semi-árido a cada inverno. Este ano o excesso das chuvas deixou a população impressionada. Os contornos das rochas, delineados pelas fortes correntezas, denunciam o quanto o período foi assustador.Trincheiras foram abertas devido às fortes chuvas registradas na região
Pela primeira vez, depois de 28 anos construído,o açude Zé Tourinho (açude de Camalaú), transbordou. "Ninguém imaginava queia acontecer isso. A gente só via uma cena como essa na televisão. Foi uma bela de uma surpresa", relatou emocionado Manoel Messias de Oliveira, morador da cidade. A força da água causou estragos numa faixa de terra de aproximadamente 300 metros. Nas rochas, a marca da energia causada pela correnteza. Buracos imensos se formaram nas pedras e parte da estrada que dá acesso à cidade se rompeu. A tragédia poderia ter sido pior caso o prefeito da cidade não tivesse recebido o alerta do professor da UFPB, Paulo Rosa."Numa visita anterior pude observar que se houvesse transbordamento da barragem, o sangradouro não iria suportar o volume da água e haveria uma inundação de grande parte de terras. Então, o prefeito mandou desviar ocanal de transbordamento e evitou um estrago maior", afirmou.
Cybelle Frazão, diretora presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), afirmou que um dos maiores desafios do órgão éconscientizar a população a não invadir as áreas de inundações, o que ocorrena maioria dos reservatórios do estado. A AESA monitora 123 açudes em todo oestado. "O caso específico em Camalaú é que a cidade aproximou-se do açude econstruíram a estrada dentro da bacia hidráulica. Devido as intensas chuvas no curto espaço de tempo, a AESA ficou em alerta permanente, inclusive,percebemos a necessidade de abrir as comportas para evitar a destruição daestrada, mas a população nos impediu", alegou.
Zona rural sem percurso
Os moradores da zona rural do município ainda sofrem para chegar à cidade. Alguns trechos continuam oferecendo riscos aos motoristas. No lugar de estradas, trincheiras. Devido o relevo íngreme, característico da região,parte das estradas cedeu deixando as passagens estreitas. "Outro dia encontrei o ônibus de um amigo, que carrega estudante, tombado na beira do caminho. A passagem estreita demais e o barro escorregadio puxou uma das rodas. Ele tentou frear mas, não teve jeito, caiu na ribanceira", disse o motorista Geraldo da Tayota, ou Geraldinho, como é conhecido em Camalaú. Rotas como a "passagem do caracol" sumiram quase que por completo.
O fato ocorreu a cerca de um mês. Apesar dos apelos dos motoristas, a prefeitura municipal ainda não conseguiu resolver todos os problemas oriundos das chuvas torrenciais. "A passagem do Caracol sumiu completamente. A manutenção é constante, mas ainda falta muito. Estamos viabilizando a aquisição de uma máquina patrol para podermos resolver a falta de estrutura das estradas. Esse tem sido o nosso maior desafio, oferecer condições de acessibilidade ao nosso município", afirmou Aristeu Chaves, prefeito de Camalaú.
Solon Diniz, diretor superintende do Departamento Estadual de Rodagens(DER), informou que há diversos projetos de recuperação de estradas que ligam as cidades do Cariri e, em outras está sendo licitado obras para asfaltar. "O governo do estado tem recebido diversos prefeitos com pedidos para recuperação das rodovias. Estamos agilizando todos os projetos para viabilizar as melhorias de infra-estrutura, inclusive para asfaltar alguns trechos, é o caso da estrada do Congo com a divisa de Pernambuco", afirmou.
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