Por Guilherme Barros do IG
Depois que os votos foram computados em urnas de todo o País, um dos segmentos mais representativos da nossa economia, o agronegócio, sentiu um bom baque no contingente de parlamentares votados para honrar o setor no Congresso Nacional. Dos 241 deputados federais e senadores que compõem hoje a Frente Parlamentar da Agropecuária, a chamada bancada ruralista, apenas 147 foram reeleitos: um desfalque de 38,6%.
Dos 94 congressistas que ficaram de fora da próxima legislatura, 15 não se candidataram, três faleceram antes do fim do mandato, e para fechar a conta, 76 não conseguiram voltar ao palco das decisões macropolíticas.
Para o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Abelardo Lupion (DEM-PR), o que importa são os coordenadores da bancada, que são os líderes de seus partidos ou representantes regionais dos produtores do campo.
“Dos 18 coordenadores, só perdemos dois: os deputados do PMDB, Silas Brasileiro (MG) e Valdir Colato (SC). Mas isso não é problema, pois muitos dos parlamentares de primeiro mandato são produtores rurais e potenciais integrantes da bancada.” Segundo o deputado federal, 95% dos componentes da bancada ruralista são empresários do agronegócio.
Para Lupion, esse setor da economia, que hoje responde por 40% do PIB nacional, vem se politizando muito e os produtores, principalmente os pequenos, entenderam que precisam votar em políticos da bancada ruralista. O deputado enumera o novo Código Florestal, o endividamento agrícola e o seguro de renda familiar como os principais desafios desse grupo nos próximos quatro anos.
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