sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Animais "invadem" Galápagos e ameaçam fauna exótica

25/08/06

Autoridades do Equador descobriram espécies de animais na ilha de Galápagos que não pertencem à fauna exótica do local.Animais estranhos ao ambiente de Galápagos são uma ameaça às espécies peculiares nativas – como as tartarugas gigantes, as iguanas marinhas e as aves exóticas.Moradores da ilha encontraram recentemente uma iguana verde e uma tartaruga que provavelmente vieram do continente sul-americano.

O caso mais preocupante é o da iguana verde achada na ilha de San Cristóbal. Ela se reproduz rapidamente e poderia afetar a biodiversidade de Galápagos. Já a tartaruga – provavelmente do gênero Rhinoclemmys - foi encontrada em um terreno baldio na ilha de Santa Cruz.Os animais estão em um centro do Ministério do Meio Ambiente na ilha e serão "repatriados" ao continente nos próximos dias.A ilha tem um rígido sistema de inspeções para evitar que animais de fora sejam introduzidos no habitat.Autoridades acreditam que as espécies encontradas pelos moradores provavelmente foram transportados por navio ou avião de carga para a ilha.O isolamento de Galápagos - que fica a mil quilômetros da costa do Equador - fez com que a fauna se desenvolvesse de uma forma peculiar, diferente de todo o resto do mundo. No século 19, o naturalista Charles Darwin elaborou a teoria da evolução a partir de estudos na ilha.

Fonte: BBC Brasil

Bombeiros controlam incêndio na Serra da Mantiqueira

Rio de Janeiro, 25/08/06

Foi controlado o incêndio que durou cinco dias na Serra da Mantiqueira, no sul do estado. Mais de 70 hectares de Mata Atlântica foram destruídos.
Bombeiros controlaram as chamas com a ajuda de carros-pipa.
Segundo os bombeiros, ainda há fumaça na pista da RJ-163 que dá acesso à Visconde de Mauá, o que pode atrapalhar os motoristas.
Bombeiros informaram que não há mais focos pela mata, mas eles ainda não sabem as causas do incêndio.

Fonte: JB online

Mais uma escola visita a Usina de Reciclagem de Lixo do Demlurb

Juiz de Fora, 25/08/06

O Demlurb vem promovendo uma série de visitas à Usina de Reciclagem de Lixo, em Nova Benfica, com objetivo de transmitir conhecimentos sobre a preservação ambiental. Para isso, o setor de Educação Ambiental vem realizando atividades centradas na criança e voltadas para as escolas, visando à aprendizagem contínua, com palestras, distribuição de panfletos educativos e visitação à usina.

Dentro do programa, no último dia 24, cerca de 20 alunos da Escola Estadual Nery Machado visitaram a Usina de Reciclagem de Lixo. No local, os estudantes participaram de uma palestra sobre noções básicas de meio ambiente, receberam um kit educativo com folhetos e cartilhas sobre a importância da separação do lixo e depois percorram as instalações para ver, na prática, o trabalho de coleta seletiva desenvolvido em Juiz de Fora.

Esse trabalho de educação ambiental tem como objetivo mostrar às crianças a importância da coleta seletiva e a preservação do meio ambiente, a partir da separação do lixo.Desta forma, a diretoria do Demlurb acredita que essas crianças vão conseguir, no futuro, melhor qualidade de vida, através de condutas ambientalmente corretas, em benefício de toda a população. Além disso, são formados multiplicadores que vão ajudar na manutenção da limpeza pública. Para o prefeito Alberto Bejani, esse programa está funcionando de forma muito positiva, pois esclarece as pessoas sobre a importância ambiental e social do lixo em Juiz de Fora.

*Outras informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-

3537.

Fonte: Secom PJF

Donos de catamarãs serão notificados

Maceió, 25/08/06

Alvarás de funcionamento e passeios às oiscinas naturais de Maragogi serão suspensos até que a situação seja regularizada

Severino Carvalho

O secretário municipal de Meio Ambiente, Henrique Peixoto, informou ontem que a Prefeitura de Maragogi, por meio da Secretaria de Finanças, vai notificar os empresários em situação irregular, que estejam oferecendo passeios turísticos por meio de catamarãs às piscinas naturais. “Eles terão os alvarás de funcionamento suspensos e serão impedidos de operar até que a situação seja regularizada”, disse Peixoto. Ele não informou a quantidade, mas adiantou que alguns empresários não estão adquirindo os bilhetes e, dessa forma, não recolhem o Imposto Sobre Serviços (ISS), nem tampouco a taxa de meio ambiente.

Fonte: Gazeta de Alagoas

Limites para Parque Estadual da Serra da Tiririca

Niterói, 25/08/06

Gabriel Felice

Autoridades, líderes ambientais e associações de moradores estarão reunidos amanhã para discutir a delimitação definitiva do Parque Estadual da Serra da Tiririca, criado em 1991, que faz limite entre os municípios de Niterói e Maricá. Mais de 25 mil pessoas e 10 mil propriedades ocupam atualmente os 21 mil quilômetros quadrados da reserva.

O presidente da Associação de Moradores do Condomínio Vale Feliz, Jairly Guimarães, explica que a instalação foi feita antes da implantação do Parque, com a autorização da Prefeitura. "Todos os imóveis possuem escritura. Desapropriar todo mundo e indenizar custaria muito caro para o Estado". Um ano após a criação do Parque, o Instituto Estadual Florestal (IEF) criou o Pró-parque, grupo que estudou por mais de 10 anos os limites provisórios do local. O IEF enviou um relatório à Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa (Alerj), no fim do ano passado. Para dar mais agilidade ao documento, o deputado estadual Adroaldo Peixoto Garani (PSC) enviou ao plenário Projeto de Lei 3238/06 propondo a demarcação definitiva do Parque, preservando os loteamentos. O objetivo é regulamentar de vez a situação dos moradores que, por conta da instabilidade causada pela instalação da reserva ecológica, não têm direito à água encanada, rua asfaltada. "A Prefeitura não pode fazer nada enquanto não se resolver que as propriedades ficarão de fora do Parque Estadual. Enquanto este impasse não é resolvido, todos nós ficamos apreensivos", explica Guimarães. Garani esclarece que é preciso definir os limites da reserva para que não se possa ter maiores prejuízos ambientais. "Queremos impedir as ações dos grileiros, que estão desmatando parte deste paraíso ecológico. Temos que defender este espaço", afirma.

Autoridades

Além do deputado Adroaldo Peixoto Garani, estarão no evento o administrador do Instituto Estadual de Florestas, Nelson Prado Junior – representante do secretário estadual de Meio Ambiente e vice-governador, Luiz Paulo Conde –, Jefferson Martins, secretário municipal de Meio Ambiente, o deputado Carlos Minc (PT) – presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj –, o administrador regional de Itaipu, Marcelo Martins, Cátia Vallado, presidente do Conselho Comunitário da Região Oceânica (Ccron) e ambientalistas. O encontro acontece amanhã, às 10 horas, na Rua 4, número 10, Condomínio Vale Feliz, no Engenho do Mato.

Fonte: O Fluminense

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Justiça do Mato Grosso prende acusados de roubar madeira

24/08/06

Hudson Corrêa

Justiça de Mato Grosso decretou as prisões de 82 pessoas acusadas de pertencer a uma quadrilha que fraudava o sistema de informática da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) para "esquentar" madeira ilegal.

O esquema tentou legalizar ao menos 60 mil metros cúbicos. O volume é avaliado em R$ 60 milhões. Pelo menos 58 madeireiras estão envolvidas.Segundo a PF, o esquema foi montado para substituir as fraudes detectadas pela Operação Curupira, em 2005. Após a operação, a Sema passou a fiscalizar a atividade madeireira no lugar do Ibama. Mas, para a emissão de guias florestais do Estado, o dono da madeireira precisa declarar à Sema o volume da madeira em sua posse e de onde ela saiu.

A Folha revelou a existência da fraudes nas guias da Sema em julho. Há um mês, o próprio sistema informatizado --chamado CC Sema-- detectou uma avalanche de declarações de estoque de madeira.

Fonte: Folha online

Vistoria constata degradação

Maceió, 24/08/06

Órgãos pedirão a ministério público que cobre a responsabilidade do Estado e municípios

Ana Maria Santiago

Representantes dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Creas) de vários estados e órgãos municipais, estaduais e federais realizaram uma fiscalização integrada no complexo lagunar Mundaú-Manguaba, para diagnosticar os principais problemas e propor soluções para a região.

A ação integra a programação da 63ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, que ocorre no Centro Cultural e de Exposições de Maceió, em Jaraguá. Quase 30 técnicos de vários órgãos, a exemplo do IMA e Secretarias de Recursos Hídricos e de Planejamento e Desenvolvimento Urbano caminharam pela orla lagunar de Maceió (Dique Estrada), identificando problemas como o avanço da ocupação desordenada, aterros indevidos, falta de saneamento básico, acúmulo de lixo, além do assoreamento no limite da orla.

Fonte: Gazeta de Alagoas

Lago do museu é esvaziado

Juiz de Fora, 24/08/06

Os visitantes que forem ao parque do Museu Mariano Procópio devem estranhar a paisagem. Em vários trechos, já é possível ver o fundo do lago que banha as ilhas. O trabalho de retirada dos cerca de 20 mil metros cúbicos de água começou há duas semanas. “A parte central vai ter que ser bombeada. A intenção é esvaziar todo o lago o quanto antes, para que o local seque, e o equipamento pesado possa entrar”, explica o diretor da instituição, Francisco Antônio de Mello Reis.

Para a execução do serviço de limpeza e dragagem, foram removidos os 20 macacos-prego que habitavam as quatro ilhas, assim como boa parte da fauna existente. Com exceção dos primatas, todos os animais capturados estão sendo levados para a Fazenda Santa Cândida, de propriedade da Prefeitura, onde permanecerão até o fim dos trabalhos, previstos para durarem quatro meses.

Segundo Mello Reis, serviço semelhante já havia sido feito na época em que ele era prefeito (período de 1976 a 1982). “Depois de 25 anos, a quantidade de matéria orgânica que cai no lago é muito grande, ocorre ainda o assoreamento das margens. Vamos repetir o estaqueamento feito na época.” Ele adianta que o trabalho paisagístico está sendo coordenado por um arquiteto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Ele nos forneceu uma relação das plantas que teremos que comprar, respeitando o projeto inicial do parque. Mas é uma quantidade grande e, provavelmente, teremos que recorrer a fornecedores de São Paulo e Paraná.” O diretor disse que não há como prever quando o projeto paisagístico estará concluído. “É imprevisível, porque depende de recursos de fora.” Além do parque, desde junho, o prédio anexo ao museu está em obras. “Estamos realizando reforço nas fundações do prédio, mas está em ritmo devagar. Os recursos do Ministério do Turismo ainda não chegaram. Estamos trabalhando com a verba fornecida pela Prefeitura. Estou muito preocupado com isso, porque a gente tem responsabilidade.”

Fonte: Tribuna de Minas

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Empresas vão ser vistoriadas para verificar qualidade do ar

Maceió, 23/08/06

Maceió é a segunda cidade do Brasil a realizar esta fiscalização

Lelo Macena

Técnicos da Coordenação de Vigilância Sanitária de Maceió (Covisa) fizeram ontem uma vistoria no sistema de ar-condicionado do Shopping Iguatemi. A atividade serviu como aula prática de um curso de monitoramento de qualidade do ar em ambientes climatizados, ministrado pelo chefe de serviço de fiscalização de ambientes climatizados da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, engenheiro mecânico Carlos Alberto Araújo.A capacitação a que foram submetidos os cerca de 20 técnicos da Covisa também tem a finalidade de fazer com que seja de fato aplicada na capital a Lei Municipal 5.499, de 2005, que dispõe sobre a limpeza e a inspeção dos sistemas de condicionadores de ar em Maceió.

Fonte: Gazeta de Alagoas

Programa Troca de Lixo por Leite - Demlurb recolhe mil quilos de lixo em Caeté

Juiz de Fora, 22/08/06

A equipe do Demlurb esteve neste domingo, dia 20, em Caeté, onde participou do Programa Troca de Lixo por Leite, que aconteceu junto com o Mutirão de Saúde, promovido pela Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental.

Foram distribuídos cem litros de leite, em troca de mil quilos de lixo. Os resíduos foram encaminhados para a Usina de Reciclagem de Lixo, em Nova Benfica. O lixo recolhido, quase 100% reciclável, era formado, em sua maioria, por garrafas de PET, sucata de ferro e grande quantidade de jornal.O evento conseguiu mobilizar toda a comunidade e funcionou como forma de promover a limpeza, através da conscientização da população sobre a importância da educação ambiental. A iniciativa do Demlurb serviu mais uma vez para esclarecer para a população a importância da limpeza pública para a localidade.

O Programa Troca de Lixo por Leite vem promovendo a limpeza em todos os locais atendidos pelo Mutirão de Saúde e em algumas ações comunitárias desenvolvidas pela Prefeitura. A média dos materiais tem atingido a marca de 1,2 toneladas de lixo, o que corresponde a 120 litros distribuídos aos moradores dos bairros atendidos. Cada dez quilos de material reciclável pode ser trocado um litro de leite.

A próxima edição do Programa Troca de Lixo por Leite acontece no dia 27 junto com o Mutirão de Saúde, em Igrejinha.

Outras informações com a assessoria do Demlurb pelo telefone 3690-3537.

Fonte: Secom PJF

Agenda JF distribui mil mudas de plantas durante a 55ª Expo-Feira

Juiz de Fora, 22/08/06

A Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora (Agenda JF) distribuiu, durante a 55ª Expo-Feira Agropecuária, mil mudas de plantas para as pessoas que visitaram o estande da Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental (SSSDA). As equipes da Agenda JF também prestaram orientações ao público sobre licenciamentos ambientais e informações sobre a preservação ambiental.

Mudas de petúnia, tagete amarelo limão, boca de leão, pingo de ouro e zinnia, estavam entre as distribuídas no evento. A Agenda JF lançou também, na ocasião, o folder sobre licenciamentos agrossilvipastoris, que envolvem atividades agropecuárias, florestais, madeireiras, entre outras.

A Agenda JF é uma autarquia da Administração Indireta subordinada diretamente à Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental. Entre suas competências, destacam-se as seguintes: gerir a Política Ambiental de forma participativa; realizar análise para Licenciamento Ambiental; gerir Fiscalização Ambiental; propor a Legislação Ambiental; fomentar a Educação Ambiental; gerir Recursos Naturais; e dar suporte ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema).

Outras informações com a Assessoria de Comunicação da Agenda JF pelo telefone 3690-8498.

Fonte: Secom PJF

USP realiza simpósio sobre indicadores de sustentabilidade

São Paulo, 22/08/06

Entre as atividades previstas há mesas-redondas, além de oficinas de trabalho e de um curso de dois dias

O projeto Sistema de Informações Ambientais para o Planejamento Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (Siades), da Faculdade de Saúde Pública da USP, com apoio da Capes e do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente da USP (Cepema) promove o Workshop Internacional de Pesquisa em Indicadores de Sustentabilidade (Wipis 2006), no período de 28 de agosto a 1º de setembro de 2006.

Entre as atividades previstas há mesas-redondas, tratando de temas como experiências internacionais, uso de indicadores na gestão ambiental, além de oficinas de trabalho e de um curso de dois dias que será dado no Cepema, em Cubatão. As inscrições serão feitas pelo telefone (11) 30617790, e são gratuitas.

Fonte: Agestado

Ressaca e tartaruga nas praias do Rio

Rio de Janeiro, 23/08/06

Mesmo com o sol desta quarta-feira que afastou a chuva do Rio de Janeiro, a ressaca nas praias continua. Segundo o Chefe de Estado Maior do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Silva, as ondas fortes atingem quase dois metros de altura na praia de São Conrado, na Zona Sul.

A previsão do tempo para esta quarta-feira é de sol, com diminuição de nuvens e a temperatura deve variar de 12ºC a 27ºC. O Corpo de Bombeiros pede que os banhistas, pescadores e embarcações fiquem atentos aos perigos da ressaca nestes dias.
Pela manhã, os bombeiros encontraram uma tartaruga marinha de aproximadamente 60 centímetros e cinco quilos na Praia de Copacabana, na Zona Sul. O animal, que apresenta alguns ferimentos, já foi levado para o Zoológico de Niterói.

Fonte: O Dia online

Dois pingüins e um gavião são resgatados na Praia de Barra de Guaratiba

Rio de Janeiro, 22/08/06

Dois pingüins e um gavião foram resgatados na Praia de Barra de Guaratiba, Zona Oeste, na manhã desta terça-feira. Bombeiros levaram os animais para o Grupamento Marítimo da Barra da Tijuca e, depois, as aves serão levadas para o Zoológico de Niterói. Segundo a Fundação ZooNit, cerca de 180 pingüins já foram resgatados na orla do estado este ano.

Fonte: O Dia online

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Delimitação de reservas

Manaus, 21/08/06

Desde a chegada dos primeiros colonizadores europeus na região do Alto Solimões, os índios, donos da casa, passaram por um intenso e violento processo colonial. Antes dos Tikunas e Kokamas, a região era povoada pelos Omáguas ou Cambebas que habitavam toda a calha do Alto Solimões, distribuídos em centenas de comunidades.

Com a chegada do homem branco, em pouco menos de 200 anos, os Omáguas foram exterminados. Os Tikunas que viviam nas terras altas entre os rios Solimões e Içá e os Konamas mais acima, no baixo Ucayali passaram a ocupar toda a região. Nos séculos 19 e 20, os indígenas passaram por grandes mudanças no modo de vida. Inicialmente serviram de mão-de-obra escrava para os seringalistas e, em seguida, com a chegada da Funai, da Igreja e do Movimento Santa Cruz, a cultura indígena sofreu grande impacto. Depois de tantas transformações, a população indígena do Alto Solimões passou a se organizar e exigir a legalização de suas terras, usurpadas pelos brancos. Na década de 80, a prioridade da Funai era regularizar grandes áreas.

Atualmente, pequenas áreas de terras estão sendo delimitadas e demarcadas, a exemplo do que acontece com a Terra Lago do Correio e Porto Limoeiro, habitadas pelas etnias Tikuna e Kokama. As duas são localizadas no município de Santo Antônio do Içá, no Amazonas.
Com uma área aproximada de 10.579 hectares, a Terra Lago do Correio envolve três aldeias: Boa Esperança, Nova Jerusalém e Novo Girassol, com um total de 45 pessoas. Já a Terra Porto Limoeiro conta com uma área aproximada de 5.000 hectares para cerca de 16 indígenas.
Relatórios
Os relatórios de identificação foram realizados pelo antropólogo Cássio Noronha Inglez de Souza. Segundo relatório dele, publicado no Diário Oficial, os problemas territoriais das comunidades indígenas foram causados pelo processo de colonização da região, que resultou no extermínio dos índios ou abandono da cultura e costumes. Mais tarde, no século 19, a exploração da borracha fez com que as aldeias indígenas fossem usadas como mão-de-obra. Agora, após terem sido concluídos os processos de identificação e delimitação das terras e a publicação no Diário Oficial, os fazendeiros que estão nas áreas delimitadas terão 90 dias para contestar os trabalhos. Passado esse prazo, a Funai tem mais 60 dias para responder aos questionamentos e encaminhar o processo ao Ministério da Justiça. Caso o Ministério da Justiça aprove, será feita uma demarcação da área. Finalmente, a Presidência da República expede um decreto de homologação da posse de terra.

Fonte: Amazonas em tempo

Água do Dique do Tororó será analisada

Salvador, 21/08/06

Uma equipe do Centro de Recursos Ambientais (CRA) coletou amostras da água do Dique do Tororó para encaminhar a um laboratório de análise. A medida foi adotada depois que diversos peixes apareceram na superfície da lagoa, no sábado. O laudo com a análise da água deve ser liberado dentro de 5 dias. Há suspeitas de superpopulação de peixes no Dique e de falta de oxigenação na água, porque as bombas de oxigenação não estão funcionando. Um biólogo do CRA visitou o local no domingo, 20, mas de acordo com a assessoria de comunicação do órgão, nenhuma anormalidade foi detectada. No sábado, dezenas de curiosos pararam para ver os moradores na região do Dique do Tororó, que aproveitaram que os peixes estavam próximos da superfície para pescá-los. As espécies encontradas foram surubins, tucunarés, tilápias e carpas brancas.

Fonte: A Tarde On Line

Salvar a camada de ozônio agrava o aquecimento global

21/08/06

Vários dos gases adotados para substituir os CFCs são fortes causadores do efeito estufa

WASHINGTON - Refresque sua casa, aqueça o planeta. Quando mais de vinte países deram início ao esforço de salvar a camada de ozônio, em 1989, eles começaram trocando os gases CFCs das geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e latas de spray. Mas não sabiam que usar outros gases, compostos de flúor ou cloro, iria contribuir para a aquecimento global.
Os CFCs destroem o ozônio, que forma uma camada na atmosfera que protege a Terra contra os raios ultravioleta do Sol, e também impedem o planeta de devolver o calor solar para o espaço, contribuindo para o efeito estufa. Em teoria, portando, o banimento dos CFC s deveria ter ajudado a resolver os dois problemas.

Mas os países que assinaram o protocolo de Montreal, há 17 anos, não percebera, que as indústrias que se valiam dos CFCs acabariam optando pela alternativa mais barata. Os produtos químicos que substituíram os CFCs são menos danosos para o ozônio, mas não ajudam em nada contra o efeito estufa: eles também refletem o calor de volta para o solo. Esse efeito contradiz a intenção de um segundo tratado, assinado em Kyoto, no Japão, em 1997. De fato, o volume de gases do efeito estufa criado pelos programas de substituição dos CFCs que tiveram origem no acordo de Montreal já é duas ou três vezes maior que o volume de CO2 que o Protocolo de Kyoto pretende eliminar. A Suíça foi o primeiro país que tentou soar o alarme sobre os efeitos imprevistos do acordo de Montreal. O resultado? "Quase nada", diz Blaise Horisberger, representante da Suíça no tratado de Montreal. "Temos levantado a questão. Mas é muito difícil". "Salvar a camada de ozônio reduzindo os CFCs e, ao mesmo tempo, promover alternativas era uma crise urgente nos primeiros anos do Protocolo de Montreal", diz Marco Gonzalez, secretário-executivo do tratado. "Mas sempre há a necessidade de encontrar novas substâncias que sejam seguras, eficientes e tenham o menor impacto possível em uma série de questões ambientais".

O Protocolo de Montreal, que agora já conta com 189 membros, é considerado um dos acordos ambientais mais bem-sucedidos. Mais de US$ 2,1 bilhões foram gastos para estimular países a parar de fabricar e usar CFCs e outros produtos que danificam a camada de ozônio.
Cientistas culpam os CFCs por abrir um enorme buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Mas alguns dos produtos usados para substituir esses gases, e cuja adoção aumentou por conta do Protocolo de Montreal, os HCFCs, e seus subprodutos, os HFCs, são poderosos gases do aquecimento global - até 10.000 vezes mais potentes que o dióxido de carbono. A meta do acordo de Kyoto é reduzir as emissões de CO2 de usinas termoelétricas, veículos automotores e outras fontes que queimam combustíveis fósseis em cerca de 1 bilhão de toneladas até 2012. Mas o uso de HCFCs e HFCs deverá jogar na atmosfera o equivalente a 2 bilhões ou 3 bilhões de toneladas de CO2 até 2015, de acordo com relatório recente de especialistas da ONU. O texto das Nações Unidas dizem que poderá ser evitada a emissão do equivalente a 1 bilhão de toneladas de CO2 se os países do mundo trocarem os HCFCs e HFCs por amônia, hidrocarbonetos, CO2 e outros produtos que não ferem o ozônio. Essas alternativas são mais comuns na Europa.

Fonte: Agestado

Prefeitura realiza visita na Usina Hidrelétrica de Picada

Juiz de Fora, 21/08/06

Diversos setores da Prefeitura, entre eles, a Secretaria de Planejamento e Gestão Estratégica (SPGE), a Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental (SSSDA), a Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora (Agenda JF) e a Agência de Gestão de Transporte e Trânsito (Gettran), realizaram uma visita, nesta quarta-feira, dia 16, à Usina Hidrelétrica de Picada, em Torreões. A iniciativa teve como objetivo, levar representantes das diversas secretarias para conhecer o empreendimento que deverá ser entregue à população em breve. Segundo o subsecretário de Fomento à Indústria, Comércio e Turismo, Julio Gasparette, a intenção da visita foi, também, criar oportunidade para os setores da Prefeitura sugerirem modificações nos documentos que serão entregues pela diretoria da Usina à Prefeitura.

Em setembro deste ano, a administração municipal receberá o Plano de Manejo da Unidade de Conservação, que trará a definição da forma de uso do parque e como será feita a recepção dos visitantes, tendo como foco a preservação dos atrativos naturais. Na mesma época, também será entregue, pelo Grupo Votorantim, o Plano Diretor do Uso do Reservatório, que determina a melhor maneira de utilização do lago. Antes de aplicados, os documentos serão analisados por diversos órgãos da Prefeitura.

O parque possui uma área de 240 hectares que deverá ser aproveitada para incrementar o ecoturismo do município. E, para valorizar a região do entorno também será impulsionado o turismo rural, lembra a coordenadora do Turismo da Prefeitura, Danielle Feyo. Ainda como contrapartida da Votorantim, será entregue, à Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental, uma ambulância equipada para atender a população da região do entorno do empreendimento, ou seja, as comunidades de Torreões e Monte Verde, “temos que possibilitar uma articulação constante entre o poder público, a iniciativa privada e a comunidade para fazer o turismo tomar uma nova cara”, afirma a coordenadora.

Já em funcionamento, a Usina Hidrelétrica de Picada terá capacidade para gerar 50MW de energia, suficientes para abastecer uma cidade de médio porte. O reservatório da Usina Hidrelétrica de Picada possui 7Km de comprimento e 1,1Km2 de área de espelho d água.

Fonte: Prefeitura de Juiz de Fora

Cidade pode ganhar cemitério de animais

Curitiba, 21/08/06

O vereador Valdenir Dias (PMDB) apresentou, na Câmara de Curitiba, projeto de lei que prevê a criação do cemitério municipal de animais domésticos de pequeno e médio portes, que ficará regulamentado conforme as leis que regem os cemitérios municipais, inclusive quanto ao pessoal, cujo quadro a Prefeitura organizará.

A proposta é enterrar especialmente cães e gatos e animais que não excedam a 1,50 metro de altura. Fica expressamente proibida a utilização dessas áreas para animais de grande porte e seres humanos.Segundo o parlamentar, todos os dias alguém perde um animal de estimação. Curitiba não tem local onde as famílias possam homenagear seus animais mortos. E essa medida, além do cunho sentimental, tem caráter ecológico e de saúde pública, já que dezenas de animais são jogados nas ruas em sacos de lixo para recolhimento pelo serviço de coleta porque não existe a alternativa de enterrá-los em lugar apropriado.

Venda
Por ser cemitério municipal destinado a animais, todas as áreas serão colocadas à venda para locais relativos aos jazigos ou gavetas, garantindo aos proprietários a opção de construir, com o domínio sobre as áreas, podendo ser negociadas e transferidas a terceiros. Não será permitida cessão gratuita.Só será vendido um lote para cada pessoa e, quando for desobedecido este princípio, a Prefeitura, por portaria, fará caducar a venda do lote excedente, fazendo trasladar os despojos dos animais sepultados.

Receita - O vereador lembra, ainda, que os lotes comercializados vão gerar receita para o município não somente no ato de venda, mas também durante a cobrança de taxas e emolumentos. "Além disso, a criação do cemitério para animais criará novo setor na economia, fazendo com que apareçam empresas especializadas em sepultamentos, fabricação de caixões e confecção de arranjos de flores, entre outras atividades. Este novo setor de negócios vai aquecer a economia local, gerando novos empregos e atividades mercantis inéditas", justifica Valdenir. "A Prefeitura, dentro da sua missão social, deve cuidar desse segmento, oferecendo opção digna aos proprietários de animais, para que possam manter viva a ligação de afeto e carinho entre o ser humano e o animal", conclui o parlamentar.

Fonte: Jornal do Estado


Sertanejos fazem bancos de sementes e festejam colheita

Maceió, 20/08/06

Agricultor, com sua colheita, cujas sementes já estavam guardadas em sua comunidade

Agricultores que se queixam da fraca colheita de grãos desse ano reuniram-se em Santana do Ipanema para discutir mecanismos de incentivo à manutenção e à criação de bancos comunitários de sementes tradicionais. O objetivo é garantir a segurança alimentar de suas famílias durante o plantio e colheita de milho e feijão, independente da distribuição ou não de grãos por parte do poder público.Fato comum num passado recente – quando agricultores não dependiam da piedade política para plantar seus grãos – os bancos de semente fazem parte do dia-a-dia de poucas comunidades sertanejas e nas quais seus moradores geralmente dizem não às sementes distribuídas pela Secretaria Estadual de Agricultura. Isso porque os grãos são poucos e distribuídos depois do período ideal para plantio.

Sebastião Damasceno é referência na região sertaneja quando o assunto são bancos de sementes crioulas. Residente no Sítio Lages dos Barbosas, em Santana do Ipanema, ele se diz apaixonado pela seleção dos grãos que suas terras necessitam para proporcionar o sustento da esposa e dos três filhos. O sorridente agricultor adquiriu ainda na infância o hábito de selecionar e guardar seus grãos. Aprendeu com o pai que sementes de qualidade precisam ficar em local apropriado e isoladas de qualquer variação climática. “São vidas que querem respirar, mas isso só deve ocorrer na hora do plantio ”, comenta o agricultor.

Governo incentiva banco de grãos – Alvo de críticas dos produtores, que se queixam do atraso histórico de envio de sementes, o governo do Estado decidiu investir R$ 61 mil reais no projeto de bancos comunitários de sementes de municípios do Sertão. O objetivo beneficiar é construir 27 bancos para 540 famílias de agricultores. O Fundo do Microcrédito do governo do Estado (Funcred) acatou projeto da Cáritas Regional Nordeste 2 e decidiu liberar R$ 61.020 reais. A Cáritas entra com contrapartida de R$ 28.800 mil reais. A soma das verbas, R$ 89.820 reais, deve viabilizar a autonomia produtiva e segurança alimentar de famílias em dezesseis municípios.

Fonte: Gazeta de Alagoas

Mutirão para organizar a casa

Porto Alegre, 20/08/06

Eduardo Ceccconi

Cada folhinha a menos no calendário é um motivo a mais de preocupação para os municípios com mais de 20 mil habitantes. No Estado, 122 prefeituras precisam cumprir a determinação do Estatuto das Cidades que as obriga a ter um plano diretor. Destas, 94 correm para cumprir o prazo que termina em 10 de outubro.

Elas terão de criar um novo plano ou refazer os anteriores. AFederação das Associações de Municípios do RS (Famurs) estima que apenas 23% do total já tenham aprovado o projeto de lei nas Câmaras de Vereadores. O restante ainda está na fase de audiências públicas e finalização do documento. O presidente da Famurs, Glademir Aroldi, organiza com o Ministério Público um mutirão para orientar os colegas. Um encontro está marcado para 11 de setembro, em Porto Alegre, e reuniões ocorrerão no Interior. - O mais difícil é conscientizar os prefeitos sobre a importância do plano - afirma Aroldi. Para consolo, a situação em nível nacional é ainda pior. Entre os 1.683 municípios brasileiros que estão enquandrados nos critérios, apenas 14% já concluíram o texto. Criado em 2001, o Estatuto estipulou cinco anos de prazo. Apesar do alto índice de atraso das prefeituras, o Ministério das Cidades está otimista.

Segundo o ministro Márcio Fortes de Almeida, a demora se deve às eleições de 2004. Houve troca de prefeitos, e as novas administrações recomeçaram do zero. - Além disso, o Estatuto das Cidades prevê a participação de toda a comunidade no processo. É preciso fazer audiências públicas, discutir. Isso leva tempo - avalia Almeida. Pelotas é exemplo do problema nacional Em Pelotas, o cenário é o descrito pelo ministro. O processo de reformulação do plano diretor se iniciou em 2001 mas tudo foi interrompido com a troca de comando na prefeitura e, depois, retomado em 2005. A equipe direciona os esforços em três direções. Na Zona Rural, proliferam-se loteamentos clandestinos. Na cidade, é preciso conciliar mais de mil prédios históricos protegidos por lei com o desenvolvimento comercial. Além disso, ainda é preciso achar uma fórmula para manter 600 quilômetros de canais e arroios, que estão vulneráveis ao crescimento populacional. - Descobrimos problemas que não estavam previstos no projeto anterior, de 1980. Focamos o texto para contemplar todas as áreas - afirma a arquiteta Joseane da Silva Almeida, coordenadora do Plano Diretor no município. Por conta das diferenças, Pelotas foi a primeira prefeitura do país a receber verbas do Ministério da Cultura, via Projeto Monumenta, para a execução do processo. A meta é aprovar o documento até setembro. Porto Alegre não precisa se preocupar. Estão na obrigação apenas municípios que não têm plano diretor, ou aqueles cuja lei supera uma década. Na Capital, o documento foi reformulado em 1999.

Fonte: Zero Hora

Polícia prende comerciantes que vendiam pássaros ilegalmente

Rio de Janeiro, 20/08/06

Cristiane Campos

Após receber informações através do Disque-Denúncia, policiais do Batalhão Florestal prenderam em flagrante, na manhã deste domingo, três homens que vendiam pássaros ilegalmente em uma feira próxima à estação do metrô São Francisco Xavier, na Tijuca. Com eles, foram apreendidas 37 aves.

Entre os animais, há seis curiós, um pichochó, dois trinca ferros, 18 canários da terra e 10 coleiros. Delcides Ribeiro Júnior, 53 anos, Erivaldo Andrade da Silva, 33, e Aluízio Batista da Silva, 48, foram detidos e levados para 19ª DP (Tijuca), onde o registro do caso foi feito. As aves serão encaminhadas para o Centro de Triagem para Pássaros, em Seropédica.

Fonte: O Dia online

Amda pede “moratória” do desmatamento

Belo Horizonte, 21/08/06

Igor Guimarães

“Moratória” da derrubada de florestas em Minas Gerais. Essa foi uma solução apontada pela superintendente- executiva da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Dalce Ricas, para frear o ritmo do desmatamento, que tem como uma das principais causas a produção do carvão vegetal.

O produto é usado principalmente para alimentar os altos-fornos da indústria de siderurgia. “Nossa preocupação com o consumo de carvão nativo cresce a cada dia”, afirma Dalce. A gravidade do problema é reconhecida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Por questões de conflitos entre a legislação federal e estadual, o órgão foi obrigado a autorizar o uso alternativo de 156 mil hectares de solo em propriedades particulares. Segundo o diretor de controle e fiscalização do órgão, Júlio de Oliveira, estima-se que 90% dessa área liberada tenha sido destinada ao desflorestamento. “Muitos produtores adquiriram direitos para desmatar”, afirma. O problema do uso do carvão vegetal foi tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa, na última quinta. Na avaliação de Dalce, a alternativa da moratória poderia ser aplicada pelo menos nos casos das indústrias produtoras do ferro-gusa, apontadas como vilãs do desmatamento.

Além da derrubada de vegetação, ainda provocam a poluição do ar. “É preciso dar tempo para as matas se recuperarem nas áreas mais críticas”, reclama Dalce. Um alternativa para manter os altos-fornos das empresas do setor em funcionamento seria o investimento maior em florestas de replantio. Sobre a recuperação das matas nativas, Dalce sugere incentivos fiscais ou o pagamento de cotas em dinheiro aos donos de terra que preservarem a vegetação, tal como acontece na Costa Rica. Parte da produção de carvão vegetal em Minas provém do cultivo de eucaliptos, mas uma distorção no mercado serve para estimular a derrubada de árvores nativas, inclusive em Estados fronteiriços, como Goiás e Bahia. Na Grande Belo Horizonte, informa a Amda, o metro cúbico do carvão oriundo de madeira nativa custa R$ 110, enquanto o de eucalipto custa R$ 120. A diferença é ainda maior no Triângulo Mineiro. O carvão retirado do Cerrado e da Mata Atlântica sai por R$ 90, contra R$ 115 do eucalipto.

IEF culpa expansão urbana e agronegócios
Além da devastação decorrente da produção de carvão, o diretor de controle e fiscalização do IEF, Júlio Silva de Oliveira, aponta outras causas para a degradação de áreas de floresta.
O crescimento dos grandes centros urbanos é um deles. Terrenos periféricos de regiões metropolitanas, diante da falta de planejamento, invadem áreas verdes por meio da criação de novos loteamentos e favelas. Segundo ele, o desmatamento proveniente da produção de carvão vegetal representa em torno de 10% da derrubada de árvores. Outra causa para o desflorestamento é o agronegócio.

Um dos pilares da economia no Triângulo Mineiro, a atividade foi responsável por tornar a deixar a região com um dos menores índices de vegetação nativa em Minas Gerais, pois demanda grandes áreas para pastagens e plantio. A produção de cana-de-açúcar e a criação de gado, diz Oliveira, estão entre os maiores responsáveis pelo desflorestamento. Mesmo assim, 8.000 ha de vegetação foram derrubados no ano passado no Triângulo.

Fonte: O Tempo

Construções no entorno da lagoa de Itaipu estão proibidas

Niterói, 20/08/06

Thaís Dias e Andréa Uchôa

Com o intuito de preservar o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural do entorno do Complexo Lagunar de Itaipu – que abrange três milhões de metros quadrados, o juiz Ricardo Perlingeiro Mendes da Silva, da 2ª Vara Federal de Niterói, proibiu a Prefeitura e o Governo Federal de concederem licenças de construção, loteamentos, parcelamentos e desmembramentos naquela área.

Por ter concedido parecer favorável no decorrer do processo à construção de um empreendimento imobiliário, o Governo Municipal foi condenado, em primeira instância, a pagar R$ 50 mil de multa. A Prefeitura ainda pode recorrer da sentença. Além de não poderem mais liberar nenhuma licença, a Prefeitura e o Governo Federal ainda terão um prazo de 90 dias para cancelar qualquer autorização concedida no decorrer da ação judicial, impetrada em 2004. E o dobro do tempo para as liberadas nos seis meses que antecederam a ação. No entanto, na situação de obras que já tenham sido concluídas, haverá a possibilidade de avaliação da área para uma possível recomposição ambiental e, no caso, de compensação financeira ou ressarcimento de dano ambiental. A decisão judicial, de 10 de agosto, impede ainda que o Município edifique quaisquer instalações de serviços públicos, como rede de esgoto, água, postes de luz, nas áreas de proteção permanente. "A sentença não prevê a demolição dos imóveis já construídos em locais proibidos. No entanto, se a União ou o Ibama identificarem futuramente construções em áreas de proteção permanente ou em terreno da União, poderão abrir outro processo para requerer a demolição", disse o procurador da República Wanderley Dantas.
Indicação – A sentença determina que, em 90 dias, o Município instale e passe a conservar placas contendo informações que a localidade se trata de área de preservação permanente, sítios arqueológicos e terreno de propriedade da União, no entorno da Lagoa de Itaipu. Caso os governos municipal e federal não executem ou atrasem o cumprimento das determinações, está estipulada a multa diária de R$ 50 mil. Além do Município e da União, será enviada uma intimação ao 16º Ofício de Imóveis de Niterói para que, em 60 dias, identifique os imóveis alcançados por esta decisão e legalize o seu dispositivo nas matrículas correspondentes. Fiscalização – A medida judicial prevê que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) promovam procedimentos administrativos que permitam o cumprimento da sentença e que proporcionem condições que coíbam a reincidência do problema. Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou-se ainda uma multa de R$ 5 mil pela apresentação tardiamente de documentos.

Ambientalista aplaude
O ambientalista Vilmar Berna acredita que a decisão do juiz da 2ª Vara Federal de Niterói, Ricardo Perlingeiro Mendes da Silva, deve ser "aplaudida" e servir como "aspecto didático" para os demais magistrados. Berna acredita que o Complexo Lagunar de Itaipu e Piratininga merece uma atenção especial por se tratar de uma área de preservação permanente essencial para o desenvolvimento biológico e econômico da região. "A paralisação temporária das construções e delimitações de terrenos na localidade, além do pagamento de multa, servem como lição para os governos e órgãos que infringem as leis ambientais. É preciso que atitudes, como a do juiz Perlingeiro, sejam louvadas e sirvam como incentivo para ajudar na preservação", comentou o ambientalista. Segundo Berna, a medida ideal agora seria a retirada dos imóveis construídos na área de proteção permanente e o replantio da vegetação nativa. O ambientalista ressalta que a recuperação da região é viável e pode gerar resultados positivos a curto prazo, com auxílio de especialistas. "O Município deve criar alternativas para a reversão do quadro de desmatamento e invasão da área de proteção ambiental. Mas também é preciso oferecer opções de assistência para as pessoas que habitam esses lugares. Espero que as autoridades passem a ser mais cautelosas", disse.
Prefeitura pode recorrer
Em relação à decisão da Justiça quanto às áreas de entorno da Lagoa de Itaipu, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Niterói informa que o Município irá cumprir com as determinações do juiz Ricardo Perlingeiro. Entretanto, após análise completa da decisão, a Procuradoria Geral poderá recorrer da decisão em tudo aquilo que entender que seja direito do Governo Municipal.
"O projeto do Bosque Lagunar de Itaipu, que visa proteger o meio ambiente da região, foi desenvolvido na Secretaria Municipal de Urbanismo em atenção a uma ampla reivindicação das comunidades locais e à necessidade de conter as ações de degradação ambiental. Na medida em que a Justiça amplia a área de proteção e determina que seja de preservação permanente, faz coro com a intenção principal do projeto municipal, informou a Prefeitura em nota oficial.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi procurado diversas vezes por O FLUMINENSE, mas ninguém foi localizado para comentar o assunto.
Agradecimento – A direção do Conselho Comunitário da Região Oceânica de Niterói (CCRON) comemorou a decisão judicial da 2ª Vara Federal, já que considera o parecer essencial para o desenvolvimento ordenado do entorno do Complexo Lagunar de Itaipu. Segundo o conselho, este é o momento ideal para a Prefeitura pensar na criação de uma Unidade de Conservação ou num Parque Natural. "São muitos milhões de metros quadrados que foram usurpados da lagoa", lembrou Adhemar Fonseca, do Ccron.

Fonte: O Fluminense

Novos 'hóspedes' na Zôonit

Larissa Lima

A foca Leopardo, espécie rara no litoral brasileiro, é uma das atrações do zoológico

O número de "hóspedes" na Fundação Jardim Zoológico de Niterói (Zôonit), no Horto Botânico do Fonseca, na Alameda São Boaventura, não pára de aumentar. Nos últimos 45 dias, cerca de 150 animais foram recolhidos na orla do Rio e de Niterói e encaminhados para o minizôo, que já é referência no Estado em reabilitação e tratamento de animais selvagens.

Apesar de tanta demanda por tratamento, a presidente da Fundação, Giselda Candiotto, ressalta que, infelizmente, a reabilitação dos animais ainda é realizada de forma precária por falta de recursos. Segundo ela, a Zôonit se desdobra para devolver em boas condições de saúde os animais resgatados e em situação de risco a seus habitats. "Nesta época do ano recebemos, todas as semanas, entregues principalmente pelo Corpo de Bombeiros, muitos animais marinhos. São pingüins, aves, tartarugas-marinhas e até uma raríssima foca Leopardo, que chegou recentemente. Micos também aparecem bastante e acolhemos, ainda, animais abandonados e resgatados pela população", contou Giselda. O desejo da presidente da Fundação Zôonit é construir alojamentos apropriados para recuperação dos animais. De acordo com Giselda, a fauna marinha é que mais sofre com as condições do minizôo.

O médico veterinário do Zôonit, Thiago Muniz, disse que o aparecimento da foca Leopardo é inédito no País. O animal, com mais de 300 quilos e três metros de comprimento, foi resgatado na Praia da Barra da Tijuca. Dezoito homens do Corpo de Bombeiros tiveram que ser acionados para retirar o animal da areia. A foca apresentava estado avançado de pneumonia e necessitava de tratamento.

Recursos - De acordo com a presidente da Fundação Zôonit, o minizôo de Niterói depende de patrocínio para construir uma base de reabilitação e tratamento de mamíferos marinhos encontrados com ferimentos no litoral do Rio e de Niterói. "Tenho a esperança de que grandes empresas tenham interesse da investir na instituição. O valor que precisamos é de R$ 300 mil para construção da base da reabilitação", estima Giselda. O espaço previsto deverá ter 500 metros quadrados, ficando à disposição dos animais marinhos. Três tanques serão monitorados dia e noite por veterinários.
Adoção – Para as pessoas que gostariam de colaborar com a recuperação dos bichos, Giselda lembra que é possível fazer uma "adoção" simbólica, com contribuição para o tratamento dos animais. O processo é feito com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Basta que o interessado procure a administração da Zôonit. Atualmente, duas corujas e um falcão, além de miquinhos, todos cegos, aguardam um "padrinho". Os micos foram apreendidos em operações da Polícia Militar para reprimir o tráfico ilegal de animais silvestres.
Gastos com alimentação - Neste inverno, vários animais marinhos vieram passar as "férias" no litoral do Rio de Janeiro e de Niterói. Na Zôonit, o interesse dos visitantes pelos novos "hóspedes" da casa, principalmente as crianças, cresce a cada dia. Além de poder ver as aves, as pessoas podem tirar fotos com alguns animais, como os pingüins. A seleção será feita através de sorteio, de forma a não estressar os animais com a movimentação. De acordo com Giselda Candiotto, o objetivo da cobrança de R$ 4 para visitar o Zôo é arrecadar fundos para a compra de alimentos. Cada pingüim representa uma despesa mensal de R$ 70. Por isso, todo o dinheiro da bilheteria é convertido na aquisição de comida.

Fonte: O Fluminense

Drenagem na Região Oceânica

Niterói, 19/08/06

Amanda Raiter

Os trabalhos de drenagem realizados pela Prefeitura na Região Oceânica, que foram intensificados desde o mês de junho, já apresentam os primeiros resultados. Na próxima quarta-feira, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Trânsito e Transporte concluirá a drenagem na comunidade do Caniçal.

Outras duas obras feitas num loteamento que fica na Estrada Francisco da Cruz Nunes, em Itaipu, também serão entregues na próxima semana.
Já o bairro de Piratininga terá mais 15 ruas asfaltadas e com drenagem para permitir o escoamento das águas pluviais. A previsão é de que, até 2008, 60% das ruas de toda a Região Oceânica estejam asfaltadas e com drenagem. Consideradas um dos problemas mais graves, as casas do loteamento Santo Antônio, que fica próximo ao Trevo de Piratininga, sofrem com inundações por serem construídas em terrenos abaixo do nível do mar. De acordo com o administrador regional de Piratininga, Pedro Maciel, foram iniciados estudos para apontar quais soluções serão tomadas. O Governo do Estado confirmou, ontem, que até o dia 15 de novembro, a revitalização da Lagoa de Piratininga, também na Região Oceânica, será finalizada. No fim do mês, a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) lançará uma campanha para mobilizar moradores e comerciantes do entorno a ligarem os imóveis com a rede de esgoto.

Fonte: O Fluminense

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Rio lança projeto de educação ambiental

Rio de Janeiro, 18/08/06

A Prefeitura do Rio, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, lançou no dia 14 de agosto, o projeto Surf Bus Ambiental, no Centro de Referência em Educação Ambiental de Marapendi/CEA, no Recreio dos Bandeirantes. O objetivo é desenvolver um trabalho educacional e social junto aos jovens estudantes, criando a conscientização ecológica entre as futuras gerações.

O passeio ecológico do Surf Bus Ambiental será realizado sempre às segundas-feiras, das 9h às 14h. Os pontos de parada serão: Quebra-Mar, Emissário Submarino, Lagoa de Marapendi e a Prainha. Ao longo do percurso, coberto em duas horas, dois guias no ônibus passarão informações sobre a biodiversidade dos vários ecossistemas existentes na Baixada de Jacarepaguá, assim como áreas degradadas pela intervenção humana inadequada e ações que poderiam minimizar eventuais impactos negativos, bem como a importância de sua conservação. De agosto a novembro, a expectativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente é atender a no mínimo 840 alunos da Rede Oficial de Ensino.Serão convidados, ainda, a participar do projeto, ministrando palestras, ONGs, como a Surf Rider Foundation, Green Peace, Onda Azul e outras, além de representantes do Salvamar e surfistas que também se dedicam à causa ambiental. E, usando como meio de envolvimento o surfe, um esporte totalmente integrado ao ambiente marinho e à natureza como elo de ligação e estímulo educacional, o projeto pretende disseminar entre as crianças o conceito de desenvolvimento sustentável e de seu potencial para transformar a realidade da Cidade do Rio, tornando-a referência na área de educação ambiental.

Barra da Tijuca terá o primeiro núcleo de controle ambiental

Rio de Janeiro, 18/08/06

A Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) inicia na semana que vem um projeto de instalação de NOCs (Núcleos de Operação e Controle) nos principais complexos lagunares do estado. O primeiro deles será inaugurado na terça-feira, às 9h, na Barra da Tijuca e atenderá todo o complexo lagunar da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.

A realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, coincidindo com a entrada em operação do emissário submarino e o desenrolar das obras do Projeto LagoAmar, de revitalização do complexo lagunar da região, foi o fator decisivo para a instalação do primeiro NOC na Barra da Tijuca. Além de funcionar como escritório central de intervenções que representam mais de R$ 500 milhões investidos, o NOC servirá, principalmente, como modelo de moderno centro gerador de políticas públicas para preservação do meio ambiente, principalmente os recursos hídricos.

Fonte: O Dia online

Inundações no Camboja deixam quatro mortos e 40 mil deslocados

18/08/06

Quatro pessoas morreram e quarenta mil abandonaram suas casas no Camboja devido às inundações ocorridas após vários dias de chuvas torrenciais, informaram nesta sexta-feira as autoridades cambojanas. As mortes ocorreram nas províncias de Kampong Speu e Kampôt, no Sul do país.

O subdiretor do Comitê Nacional de Desastres do Camboja, Nhim Vanda, informou que várias estradas estão intransitáveis e que milhares de cambojanos tiveram que deixar suas casas em busca de locais seguros. Das 40 mil pessoas deslocadas, 30 mil estão em abrigos em Kampôt. Vanda disse que a situação nas províncias de Ratankiri e Mondulkiri, no norte, também é crítica e há problemas para obter informações da região devido às dificuldades de comunicação. A província de Preah Vihear, no nordeste, na fronteira com a Tailândia, está isolada devido à queda de uma ponte da estrada nacional. As autoridades temem que tenham ocorrido graves danos ao setor agrário na província de Battambang, considerada a despensa de arroz do país. Vanda acrescentou que a Cruz Vermelha está distribuindo aos desabrigados alimentos, remédios e roupa. A estação chuvosa no Camboja termina normalmente em novembro.

Fonte: JB online

Campanha vacina cães e gatos contra raiva em Minas

Belo Horizonte, 18/08/06

Começou em Minas Gerais a vacinação contra raiva. Os donos devem levar cães e gatos para serem vacinados nos postos espalhados pelo Estado. No Sul de Minas, a campanha já começou. Em Alfenas, a meta é vacinar 8,5 mil bichos. Na cidade, e também em Lavras, hoje é o último dia de vacinação. Em Varginha, também no Sul de Minas, a imunização segue até o fim do mês.

Devem ser vacinados os cães e gatos com mais de três meses de idade. A consultora de Zoonose da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Thalita Chamone, informou a "Globo Minas", que a vacinação seja anual. Ela deve ser executada pelas prefeituras, com a supervisão da secretaria. Segundo ela, cada prefeitura define a data da campanha no município. A área de maior risco para a doença são as regiões do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Mucuri.
A raiva atinge todos os animais mamíferos, inclusive o homem. Os cães e gatos são vacinados porque convivem mais com o ser humano e, por isso têm maior chance de transmitir a doença.
Outros animais também são transmissores: cavalos, bois, morcegos, porcos, bodes. Os sintomas da doença são dor de cabeça, dormência e formigamento onde houve a mordida do animal.
No ano passado, segundo a SES, foram vacinados cerca de três milhões de animais em Minas. Para saber outras informações, ligue para 0800-283-22-55

Fonte: O Tempo

Ministério Público dá prazo para despoluição do Salgadinho

Maceió, 18/08/06

Município tem 30 dias para apresentar propostas para minimizar problema

Emília Bezerra

O antigo problema da poluição do riacho Salgadinho foi debatido, ontem, em audiência realizada pela Promotoria Coletiva de Justiça Especializada de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público.

A partir da reunião, ficou definido que o grupo gestor da Secretaria de Planejamento do Município tem 30 dias para apresentar ofício ao MP, com propostas a curto e médio prazo para minimizar a poluição no riacho. Além dos promotores, representantes da Slum (Superintendência de Lixo de Maceió), Somurb (Superintendência Municipal de Obras e Urbanização), Sempma (Secretaria Municipal do Meio Ambiente), Secretaria Municipal de Infra–Estrutura e Procuradoria da República estiveram presentes à reunião. Termo de ajuste Segundo os promotores de Justiça Alexandra Beurlen, Francisco Albuquerque e Nilson Miranda, a reunião foi um primeiro passo para a formalização de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ou até mesmo, se não houver consenso, uma ação civil pública. “Nossa intenção é colocar um ponto final nessa discussão que perdura há anos. Agora, esperamos que os gestores apresentem, de fato, propostas concretas sobre prazos e ações”, afirmou Alexandra Beurlen. Somurb Segundo o superintendente da Somurb, Clécio de Alencar, o órgão tem usado paliativos para tentar minimizar a poluição no Salgadinho, mas para solucionar definitivamente o problema é necessária a execução do projeto macro, que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Infra–Estrutura com a Carta Consulta. “A despoluição do Salgadinho só será possível quando for resolvido o problema de coleta de esgoto em torno do riacho. Mas isso é uma obra que demanda algum tempo”, concluiu.

Fonte: Tribuna de Alagoas

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Vazamento de óleo no Líbano mobiliza comunidade internacional

18/08/06

O governo libanês pediu ajuda material, como navios de limpeza, bombas e produtos solventes ou absorventes

Representantes da Comissão Européia (CE), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) e da Organização Marítima Internacional (IMO) se reúnem em Atenas para analisar uma forma de combater o vazamento de combustível no litoral do Líbano, causado pelos bombardeios israelenses.

Segundo um comunicado da CE, o objetivo desta reunião técnica é estabelecer um "plano de ação comum" que permita combater o vazamento após o cessar-fogo entre Israel e a milícia do Hezbollah. O vazamento ocorreu principalmente devido ao bombardeio israelense contra a central elétrica de Jieh, cerca de 30 quilômetros ao sul de Beirute, embora a maré negra tenha outras pequenas fontes, inclusive um navio acidentado. O combustível derivado do petróleo derramado soma entre 10.000 e 15.000 toneladas, contaminou até 30 quilômetros do litoral libanês, e afetou praias e portos, segundo a CE. O governo libanês pediu ajuda material, como navios de limpeza, bombas e produtos solventes ou absorventes, e vários Estados-membros da UE já responderam ao pedido.

Fonte: Agestado

Secas na Amazônia serão mais freqüentes, dizem pesquisadores

17/08/06

A seca recorde de 2005, que deixou partes da Amazônia em estado de calamidade, não foi um evento extremo isolado e sim uma amostra do que o futuro reserva para o clima da região. A conclusão é de pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do Escritório de Meteorologia britânico, em Exeter.

Modelos climáticos em computador construídos pelo grupo sugerem que o evento do ano passado, cuja origem está em um aquecimento anormal das águas do Atlântico (a mesma raiz dos furacões que devastaram o golfo do México), tende a se repetir nas próximas décadas. 'A situação de 2005 será mais freqüente em 2050', disse o climatologista José Marengo, do Inpe, à revista "Nature". O grupo deve finalizar neste mês um artigo científico com os resultados.Embora os cientistas ainda relutem em atribuir os eventos extremos de 2005 ao aquecimento global, um novo estudo, publicado na 'Geophysical Research Letters', afirma que a ligação é direta: a atmosfera mais quente está forçando o Atlântico a temperaturas mais altas.

O autor do estudo, James Elsner, da Universidade do Estado da Flórida, analisou 135 anos de registros de tempestades e descobriu que a temperatura do ar pode ser usada para prever o aquecimento das águas, mas o contrário não acontece.

Folha online

Já são quatro os focos de incêndio na Serra da Tiririca

Rio de Janeiro, 17/08/06

Bombeiros ainda estão no Parque da Serra da Tiririca,em Niterói. Já são quatro os focos de incêndios no local. Segundo o Chefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Silva, uma área de aproximadamente 8 mil metros quadradas já destruída pelas chamas desde o início do incêndio, na manhã desta quarta-feira.

Fonte: JB online

MP discute despoluição do Salgadinho

Maceió, 17/08/06

Riacho Salgadinho trasnborda lixo em dia de chuva

A despoluição do Salgadinho e as condições de balneabilidade da praia da Avenida vão ser discutidas em audiência nesta quinta-feira, 17, às 16h, na Promotoria Coletiva de Justiça Especializada de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público de Alagoas. De acordo com a promotora de Justiça Alexandra Beurlen, participam da audiência representantes da Slum, Somurb, Secretaria Muncicipal do Meio Ambiente (Sempma), Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e da Procuradoria da República.

Fonte: Alagoas 24 horas

Focos de incêndio não dão trégua em Niterói

Niterói, 17/08/06

Um balão seria o responsável pela destruição na mata do Parque Estadual da Serra da Tiririca

Isabel de Araújo e Roberta Nápolis

Os focos de incêndios que desde o início desta semana estão devastando áreas de encosta e preservação ambiental em Niterói continuam a dar trabalho ao Corpo de Bombeiros. Ontem, foram detectados pelo menos 15 focos que provocaram estragos e assustaram os moradores das áreas atingidas. Até o fim do dia, os oficiais dos bombeiros lutavam para conter o fogo provocado pela estiagem e soltura ilegal de balões.

No início da manhã, o Morro do Castro, no Fonseca, voltou a ser atingido pelo fogo. De longe, os moradores avistavam as nuvens de fumaça que abriam espaço dentro da vasta vegetação, em cinco focos diferentes. Embora temerosos de que as labaredas ganhassem maior proporção, eles optaram por não chamar os bombeiros. Por volta das 6h, um balão teria provocado mais um incêndio no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Itaipuaçu, atingindo a vegetação que cerca a Pedra do Elefante. Segundo informações do 3° Grupamento de Bombeiros Militar (3º GBM), foram registrados outros dois focos no parque: no Morro da Penha e no Mirante de Itaipuaçu, onde o fogo teria começado com a guimba de um cigarro deixada no caminho. Fiscais do Núcleo de Prevenção a Incêndios Florestais do parque, juntamente, com bombeiros do 4º Grupamento Marítimo de Itaipu (4° Gmar) e do 3° GBM, ficaram mais de dez horas no local combatendo o incêndio.

Os bairros do Ingá – próximo ao Museu de Arte Contemporânea (MAC) – e São Januário, no Fonseca, também foram atingidos pelo fogo. Um foco de incêndio num morro do Barreto, na Zona Norte de Niterói, próximo ao supermercado Sendas, podia ser visto da Avenida do Contorno. Ao longo da BR-101 (no trecho Niterói-Manilha), quatro focos foram registrados às margens da estrada – um numa vegetação no retorno do Barreto, outros três na altura dos bairros Neves, Salgueiro e Jardim Catarina, em São Gonçalo. Ainda de acordo com os dados do 3° GBM, na última terça-feira, o grupamento registrou três chamadas relevantes e as equipes ficaram nas rua mais de 10 horas combatendo os incêndios. As áreas mais devastadas foram as proximidades da Rua 22, em Santa Bárbara. O fogo começou no final da tarde e só foi extinto depois da meia-noite. Cerca de 12 mil metros quadrados foram completamente destruídos.

Fonte: O Fluminense

Bombeiros combatem novo foco de incêndio na Serra do Curral

Belo Horizonte, 17/08/06

O Corpo de Bombeiros (Cobom) informou que oito homens foram enviados à Serra do Curral, em Belo Horizonte, para combater um novo foco de incêndio no local.
Ainda não há informações sobre o total da área queimada. O fogo na região começou ontem, por volta das 14h e havia sido controlado no começo desta manhã. A Serra do Curral é tombada como Patrimônio Natural da capital mineira.

Fonte: O Tempo

Análises irão apontar se houve crime ambiental

Juiz de Fora, 17/08/06

Peritos da 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil estiveram ontem em Simão Pereira colhendo amostras da água do córrego onde um empresário do setor de combustíveis teria se desfeito de gasolina adulterada. As amostras vão informar se houve derramamento de gasolina no riacho, o que provocou, na terça-feira, a morte de centenas de peixes. O delegado de Matias Barbosa, Saed Divan, abriu investigações para apurar o que pode ter sido crime ambiental.

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Arapiraca sedia I Expoagreste; a expectativa é que a feira movimente R$ 3 milhões

Maceió, 16/08/06

Agriculotores esperam que a feira movimente R$ 3 milhões

O setor agropecuário do agreste de Alagoas realiza entre os dias 17 e 20 deste mês, no Parque Divina Luz, em Arapiraca, a primeira Expoagreste. Produtos e serviços ligados ao campo estarão expostos em quarenta estandes, com destaque para a tenda da Agricultura Familiar, que colocará à venda artigos produzidos por pequenos agricultores da região, assentados da reforma-agrária, quilombolas e grupos indígenas.

A feira exibirá a produção da agricultura familiar, a exemplo de frutas, verduras e hortaliças, além de artesanato típico do agreste. Os visitantes poderão provar as receitas típicas do Agreste, uma vez que uma cozinha está sendo montada para produzir os alimentos. A estimativa é que, nos quatro dias de Expoagreste, uma média de 50 mil pessoas movimentem um montante equivalente a R$ 3 milhões.

Fonte: Alagoas 24 horas

Altas temperaturas fazem proliferar focos de incêndio pelo Rio

Rio de Janeiro, 16/08/06

Três mil bombeiros em 105 quartéis estão em alerta máximo no combate aos incêndios florestais em todo o Estado do Rio. Somente terça-feira, dia mais quente do inverno, foram registradas 120 ocorrências — 45 na capital. Segunda-feira, o número de chamadas foi recorde do ano: 178 incêndios, sendo 72 na capital. Ontem, termômetros marcaram 36,6 graus em Realengo. Além do calor intenso, a baixa umidade e os ventos fortes ajudam a propagar as chamas. As áreas mais atingidas são a Barra, Recreio, Campo Grande e Baixada Fluminense.

Em Caxias, 18 bombeiros do Grupamento de Operação com Produtos Perigosos (Gopp), unidade instalada na Reduc, levaram cinco horas para combater o incêndio na mata às margens da Rodovia Washington Luiz (BR-040). Além de homens com abafadores, bombeiros contaram com o apoio de helicóptero da Coordenadoria-Geral de Operações Aéreas da Polícia Civil e dois caminhões-tanque, um deles do Quartel de Parada de Lucas.

Mobilização total
Na Barra, o fogo destruiu 50 mil metros quadrados de vegetação, ao longo da Avenida Abelardo Bueno, próximo à Vila do Pan. O risco de novos incêndios deixou de prontidão todos os bombeiros em folga. "Podem ser chamados a qualquer momento para ajudar no combate. A situação é muito grave", avisa o chefe do Estado-Maior dos Bombeiros, coronel Marcos Silva.
A Defesa Civil e o Batalhão de Polícia Florestal da PM estão em campanha contra a soltura de balões. "A mata não pega fogo sozinha. Os incêndios são criminosos", denuncia o coronel Marcos Silva. Ele pede que a população não faça queimadas e não jogue cigarros pela janela do carro nas rodovias. Ao primeiro sinal de fumaça, moradores devem ligar para o número 193 e avisar aos bombeiros.

Helicóptero para combater as chamas
Para chegar aos locais de difícil acesso, bombeiros contaram com o apoio do helicóptero da Coordenadoria-Geral de Operações Aéreas (Cgoa) da Polícia Civil para debelar o fogo. Foram empregados mais de 40 mil litros de água no combate. O helicóptero possui bolsa de plástico reforçado com capacidade para armazenar 500 litros de água por vez. Durante uma hora e meia, a aeronave fez pelo menos 10 viagens até o Rio Iguaçu para recolher a água utilizada no combate aos focos. A ação foi comandada de dentro do helicóptero pelo tenente Euler Lucena Tavares Lima, do Gopp. Segundo ele, 10 quilômetros quadrados de mata foram destruídos. "Nos concentramos em 10 focos de incêndio. A visibilidade chegou a ficar muito prejudicada por causa da fumaça". O fogo só foi controlado às 17h40.

Fogo destrói caixotes no Ceasa
O fogo destruiu o depósito de caixotes de madeira da Ceasa (Centrais de Abastecimento do estado), em Irajá, na madrugada de ontem. As chamas consumiram madeira de uma área de mil metros quadrados, equivalente a três campos de futebol. Os moradores da Favela Pára-Pedro, próxima ao depósito, disseram que dois balões caíram sobre as pilhas de caixotes, usados para acondicionar frutas, legumes e verduras. A causa do incêndio, no entanto, ainda está sendo investigada pelo Corpo de Bombeiros. O clarão de chamas e a fumaça com mais de 50 metros de altura foram vistos até Parada de Lucas. Foram deslocadas para a Ceasa 23 viaturas de 10 quartéis. Outro incêndio destruiu pequena fábrica de borrachas que funcionava na antiga Av. Automóvel Clube e curto-circuito provocou princípio de incêndio num casarão Rua do Livramento, Saúde.

Fonte: O Dia online

Niterói: Parque Estadual da Serra da Tiririca tem três focos de incêndio

Niterói, 16/08/06

Christina Nascimento

Um balão provocou mais um incêndio na manhã desta quarta-feira, no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói, na Região Metropolitana. Segundo fiscais do IEF/RJ (Instituto Estadual de Florestas), há três focos de incêndios no parque: Morro da Penha, Mirante de Itaipuaçú e na Pedra do Elefante.

Fiscais do Núcleo de Prevenção a Incêndios Florestais do parque e bombeiros do 4º Grupamento Marítimo de Itaipu estão no local. Na pedra do Elefante, a queimada começou por uma queda de balão e no Mirante de Itaipuaçú foi uma guimba de cigarro, deixada no caminho. Ainda não se sabe o tamanho da área queimada. A população deve evitar queimar lixo e terreno para pasto, jogar guimba de cigarro acesa e soltar balão, pois esses são um dos principais fatores para os incêndios que vem ocorrendo nos últimos dias no estado. Qualquer pessoa pode denunciar sobre queimadas e crimes ambientais através do Disque –Floresta : (21) 3523-4030

Fonte: O Dia online

Córrego é contaminado

Juiz de Fora, 16/08/06

Polícia constatou morte de peixes e vai investigar caso

Gleice Lisboa e Leonardo Toledo

O proprietário de um posto de gasolina, na cidade de Simão Pereira, é suspeito de ser o responsável
pela contaminação da água do Córrego da Balança com combustível. A denúncia foi encaminhada à Polícia Militar Ambiental de Juiz de Fora por moradores, que reclamavam do forte cheiro de gasolina nas proximidades
do córrego, na noite de segunda-feira. Segundo as denúncias feitas pelos moradores, o dono do posto estaria comercializando gasolina adulterada. Com receio de ser autuado pela fiscalização, o empresário teria descartado o combustível em um bueiro, localizado nos fundos do estabelecimento, que deságua no córrego.

Na manhã de ontem, os moradores constataram a mortandade de peixes. As margens do córrego estavam
repletas de animais mortos. Segundo a polícia, não há como calcular a quantidade de combustível derramado.
Amostras da água do córrego serão encaminhadas à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) para análise. A multa só poderá ser emitida mediante laudo do órgão. Os indícios de contaminação, entretanto,
são evidentes. Em recipiente contendo cerca de meio litro de material, formou-se uma camada de óleo negro com mais de um centímetro de espessura.

Licença
Segundo a Polícia Florestal, o estabelecimento funciona sem licenciamento ambiental da Feam. O dono do posto
não teria cumprido nenhuma das 15 determinações básicas exigidas pelo órgão. O caso será investigado pela
Delegacia de Matias Barbosa. A ocorrência também foi encaminhada à Feam e ao Ministério Público. Como não houve flagrante, ninguém foi preso.
A polícia tentou entrar em contato com o proprietário do posto, mas ele não foi encontrado. A secretária do empresário teria informado que ele estaria viajando. Moradores, entretanto, teriam afirmado que o suspeito foi visto no posto minutos antes da chegada da polícia.

Fonte: Jornal Panorama

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Bombeiros já combateram 13 incêndios nas matas

Rio de Janeiro, 15/08/06

De acordo com o Grupamento Florestal do Corpo de Bombeiros até às 9h desta terça-feira foram verificados 13 focos de incêndio no Estado, sendo três na capital. Nesse momento bombeiros combatem chamas em vegetação no Parque Estadual da Pedra Branca, em Realengo, no Recreio e em Jacarepaguá.

Até a noite desta segunda aconteceram 178 inícios de incêndio em todo o estado. Segundo o comandante do Grupamento Florestal do Corpo de Bombeiros, coronel Wanius Amorim, esse ano o índice de chuvas está 80% abaixo da média. A estiagem aliada à baixa umidade relativa do ar, ao índice médio de chuvas e as altas temperaturas estão provocando incêndios em vegetações no Estado. O coronel informou, ainda, que o número de balões no ar também provocam incêndios nos parques florestais. Ele pede à sociedade que denuncie grupos que soltam balões para que os mesmos sejam apreendidos.

Fonte: JB online

Teste de emissão de poluentes reprova 25% dos carros no Rio

Rio de Janeiro 15/08/2006

O teste de emissão de poluentes faz parte da vistoria anual do Detran, junto com a veirificação das lanternas e faróis, pneus e equipamentos de segurança. O limite de poluentes que um carro pode lançar na atmosfera varia de acordo com o ano de fabricação e com o modelo.

Quanto mais novo, menos gases tóxicos o motor deve dispersar. Mas os veículos de passeio com capacidade para até cinco passageiros, mesmo reprovados, podem continuar circulando.
O carro do motorista Saulo Ribeiro estava mal de saúde. O motor estava desregulado e o dono do veículo nem desconfiava. - O meu teste foi quase no limite. Agora, vou regular o motor - contou Ribeiro. Pesquisadores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) analisaram os carros vistoriados pelo Detran na capital e fizeram as contas: a cada ano, 25% dos veículos são reprovados. - Desses 25%, cerca de 65% corresponde aos veículos de uma parcela da frota mais antiga. Falta a conscientização do usuário quanto à importância do estado de manutenção do seu veículo para garantir os níveis de emissão de poluentes estabelecidos pelo fabricante - explicou a pesquisadora Paulina Porto, da Coppe/UFRJ.

A vistoria anual é obrigatória, mas muitos motoristas acabam desviando dos postos do Detran. Metade da frota do estado do Rio - pelo menos 800 mil veículos - que circula hoje não passou pelo serviço. E o pior é que esses são, na maioria, carros mais velhos, com motores desregulados, liberando poluentes no ar acima da quantidade permitida. No total, 77% dos poluentes lançados na atmosfera na Região Metropolitana do Rio vêm do trânsito, segundo a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema). A solução para melhorar a qualidade do ar passa pela renovação da frota e investimento em transporte público. Mas pode começar pela mudança de comportamento de cada motorista. - O principal motivo é a falta de conservação e de regulagem do carro, falta de cultura e de cuidado do veículo. Às vezes, falta interesse em preparar o carro antes de ir à vistoria. E, principalmente: o povo no Brasil não tem essa educação de preservação ambiental - enumera Gleno Pereira, do Detran.

Fonte: O Globo online

Mar destrói casa em Japaratinga

Maragogi, 15/08/06

Na Barra de Santo Antôniol, prefeitura pretende construi muro de contenção

A amplitude da maré, que atingiu 2.4 metros no último fim de semana, destruiu uma casa em Barreiras do Boqueirão, município de Japaratinga, no Litoral Norte de Alagoas, a 110 km de Maceió. O imóvel estava desocupado e ninguém se feriu. A força do mar também atingiu um bar localizado no Distrito de Barra Grande, em Maragogi. Segundo o gerente Costeiro e Marinho do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), João Lessa, o mês de agosto registra as maiores amplitudes do ano por causa do fenômeno denominado de “Maré de Sinzigia”.

Fonte: Gazeta de Alagoas

Fogo destrói 80 ha da mata do Capão

Belo Horizonte, 15/08/06

Andréa Silva

Uma grande parte da mata do Capão, no município de Mário Campos, na Grande Belo Horizonte, está sendo destruída pelo fogo. Cerca de 80 ha de mata fechada, equivalente a 80 campos de futebol, já foram consumidas pelas chamas.

O combate ao incêndio, iniciado na tarde de anteontem, foi realizado por uma força-tarefa, montada pelo programa Previncêndio, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), e contou com a participação do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e de voluntários. O grupo, formado por aproximadamente 80 pessoas, segundo o sargento Marco Antônio Viana, da sala de imprensa do Comando Geral dos Bombeiros, atuou no combate ao incêndio das 8h às 18h de ontem. “A mata fica nos limites do Parque do Rola Moça. Por enquanto, o fogo ainda não oferece perigo de se alastrar até lá”, informou Viana. Para combater as chamas, foram usados abafadores, dois aviões e um helicóptero. O trabalho deve continuar durante todo o dia de hoje, conforme informou o Corpo de Bombeiros.

Fonte: O Tempo

Jibóia de dois metros aparece em Itacoatiara

Niterói, 15/08/06

Cobra foi retirada de um canteiro na encosta da Tiririca

Sérgio Soares

Os pedestres que passaram no início da tarde de ontem pela Estrada de Itaoatiara, na Região Oceânica de Niterói, se assustaram com o aparecimento de um indesejável animal – uma jibóia de dois metros de comprimento. A rápida intervenção de uma equipe do 4º Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (4º G-Mar) evitou que a cobra fosse sacrificada.

Por volta de 12h, a cobra saiu de uma encosta da Serra da Tiririca, área de proteção ambiental da Região Oceânica, e passou em frente ao condomínio, assustando os funcionários. A jibóia procurou refúgio em um canteiro, onde permanceu até a chegada do Corpo de Bombeiros. A equipe, chefiada pelo subtenente Pedro Carlos Sobreira, não teve dificuldades em retirar o réptil com auxílio de um prendedor adaptado a um cabo de madeira. "Normalmente, registramos até três chamados por mês", afirmou o subtenente. Segundo ele, a jibóia deve ter deixado a mata para procurar comida. A cobra foi levada para o Zoológico de Niterói, onde será decidido se ficará em cativeiro ou se será devolvida à Mata Atlântica.

Fonte: O Fluminense

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Alunos de São Gonçalo fazem visita à Baía de Guanabara

São Gonçalo, 14/08/06

Gabriel Felice

Pela primeira vez, a Prefeitura de São Gonçalo está organizando a Agenda 21, que consiste no apontamento dos principais problemas ambientais para traçar políticas públicas eficazes. Através do Projeto Baía da Guanabara – Abraçamos essa idéia – parceria entre a Divisão Internacional Paint do Grupo Akzo Nobel e a Prefeitura – 24 alunos dos ensinos fundamental e médio do Ciep Adão Pereira Nunes, no bairro de Neves, foram convidados com mais seis professores para conhecer o entorno da Baía de Guanabara e compor também a Agenda."Essa iniciativa é muito importante porque nunca tivemos um trabalho onde pudéssemos mapear os problemas da cidade", diz Cláudia Barbosa, que é bióloga e coordenadora do projeto.

O grupo percorreu praias como a de Caeiras e da Luz, em Itaóca e a Praia das Pedrinhas, no bairro da Boa Vista. Os principais problemas apontados pela equipe são as enchentes causadas pela ocupação irregular e o lixo jogado nas margens dos rios. "Muitas empresas ainda continuam jogando parte dos detritos nas nossas praias, o que acarreta na poluição", aponta Barbosa. A coordenadora pedagógica do Ciep Sônia Bianquini destaca a importância do projeto para a conscientização social dos alunos. "Os jovens estão acostumados a ter amigos e a se relacionar muito próximo ao local onde moram. Muitos nem conheciam estes lugares e não sabiam que a cidade possui potencial turístico e ecológico. Eles agora vão olhar para a cidade deles com outros olhos". Prova disso é o estudante da 8ª série, Leandro Ferreira, 14 anos, que experimenta pela primeira vez a sensação de estar contribuindo para a cidade onde vive. "A gente tem que dar valor para esses lugares que estão sendo perdidos porque estão abandonados".

O subsecretário de Meio Ambiente de São Gonçalo, Gláucio Brandão, explica que a organização da Agenda 21 vem sendo realizada em várias frentes. A Associação de Moradores e Amigos do Engenho Pequeno já vem apontando os problemas sofridos pela população local. "Os primeiros indicativos de meio ambiente que temos nos foi repassado por esse relatório. Vamos juntá-lo a todas as outras iniciativas do projeto". Brandão informa também que em Itaóca vem sido feito um trabalho com os pescadores e os catadores de lixo que participam da elaboração de um documento que descreve os problemas locais. "A Agenda 21 é um grande passo porque envolve todos os setores da sociedade. É uma discussão em conjunto para que o Poder Público depois possa traçar políticas eficientes. É a democracia", declarou o subsecretário.

Fonte: O Fluminense

Estado terá menos 11 milhões de garrafas pet por ano

Rio de Janeiro, 14/08/06

Mais de 100 milhões de garrafas pet por ano deixarão de poluir o meio ambiente do estado do Rio, a partir desta terça-feira. Às 11h, a governadora Rosinha Garotinho inaugura a indústria JRM 21 Indústria e Comércio de Plásticos e Reciclagem Ltda, que vai reciclar anualmente 11 milhões de garrafas por mês, ou 500 toneladas de lixo. Melhor ainda: vai criar para o estado 600 empregos diretos e indiretos.

A nova unidade vai aproveitar a matéria-prima produzida pelo Pólo Gás-Químico de Duque de Caxias, também na Baixada, para produzir flake (pet moído), que será aproveitado, por exemplo, na fabricação de tubos e no setor têxtil.

Fonte: O Dia online

Preservação é feita com “pequenos” atos

Belo Horizonte, 14/08/06

Igor Guimarães

:Eles não pensam apenas no bem-estar próprio e conseguem, ao tomar atitudes simples, beneficiar a muitos. São pessoas que, preocupadas com o meio ambiente e apaixonadas pela causa, agem pela preservação do planeta, seja através do plantio de árvores na fazenda da família ou pelo resgate animais atropelados em beira de estradas. O importante é que essas iniciativas, como a do veterinário Fernando Pinheiro, do escritor Angelo Machado, do biólogo Francisco Mourão e da química Sandra Oberdá, podem fazer uma grande diferença.

Biólogo replantou mata em fazenda
Em 15 anos de muita dedicação, o biólogo Francisco Mourão coordenou o replantio de aproximadamente 4 ha de mata ciliar de córregos que cortam a fazenda de sua família, em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. O esforço valeu a pena, pois agora falta pouco para terminar a recuperação de áreas degradadas por antigos moradores da propriedade. Conseguimos proteger boa parte das margens antes expostas", disse. As terras foram herdadas pelo pai há 30 anos e as pessoas que viveram no local antes construíram casas próximas ao leito dos córregos Riacho Fundo e das Lages. "Resolvemos transformar a propriedade em uma fazenda ecológica", afirma o biólogo. Na vegetação predomina o cerrado e as matas de galeria e de fundos de vale. Com a ajuda dos irmãos, foram plantadas mudas de jequitibás, sapucaias, pau d’óleo, magnólia, ipês (amarelos, roxos e brancos) e outras. "Já temos árvores com 30 m de altura", comemora. O trabalho de reflorestamento é uma atividade considerada simples, disse o biólogo, mas foi preciso critério para não plantar árvores exóticas na mata. Depois de estudar quais as espécies que poderiam ser plantadas, Mourão colheu as mudas na própria região ou as comprou em viveiros. "É um trabalho lento, pois tenho que investir certa quantidade de dinheiro todo ano, mas, por outro lado, muito gratificante", diz. A fazenda da família Pinheiro possui cerca de 400 ha, sendo 90% da área tomada por vegetação nativa. Esse cuidado ecológico, afirma o biólogo, tem permitido a permanência de espécies de animais raros e ameaçados de extinção em Brumadinho, entre eles o macaco-sauá, o tamanduá- colete, o lobo-guará e a onça-parda.

Escritor aborda a natureza em livros
Dono de uma longa e intensa história no ativismo ambiental, o zoólogo e escritor Angelo Machado encontrou na literatura infanto-juvenil uma forma criativa de transmitir suas mensagens ecológicas. Há 18 anos, ele lançou "O Menino e o Rio", seu maior sucesso, com mais de 20 edições publicadas até hoje. A obra conta a história de um garoto, um mico, um pescador e um poeta que percorrem o mundo em busca do último rio limpo. "Sempre digo que o objetivo da literatura infantil é fazer as crianças gostarem da leitura. Aproveito para, em um segundo plano, ensinar sobre a importância de preservar a natureza", afirma. Dos 34 livros publicados por Machado, a maioria traz algum tipo de nuance relacionada ao meio ambiente e à biodiversidade. Neles não faltam personagens inspirados na fauna brasileira, como a arara-azul e o loboguará. O mundo das letras estimulou o zoólogo a experimentar outros meios de interação com o público. Escreveu as peças infantis "Chapeuzinho Vermelho e o Lobo- Guará", "O Casamento da Ararinha Azul" e adaptou para os palcos "O Menino e o Rio" – também um sucesso entre as crianças. Machado escreveu ainda, desta vez para os adultos, a comédia "Como Sobreviver em Festas com Bufê Escasso". Pioneiro
O zoólogo e escritor foi um dos pioneiros do movimento ambientalista brasileiro. Há 28 anos, se associou ao Centro para Conservação da Natureza de Minas Gerais, a mais antiga entidade ambientalista do Estado. Acompanhado de personalidades como Hugo Werneck e João Paulo Campelo, participou de movimentos que impediram o loteamento do parque das Mangabeiras e da construção de uma estrada pelo Parque Estadual do Rio Doce. "Mas percebemos que só o ativismo não adiantava. Precisávamos de uma base técnica", conta. O centro criou a Fundação Biodiversitas, há 18 anos, entidade com um corpo técnico especializado na conservação da fauna e flora, da qual Machado foi escolhido curador.

Química sonha com santuário para bichos abandonados
A química Sandra Oberdá se considera uma belo-horizontina comum. Mora em uma casa no tradicional bairro da Floresta, na região Centro– Sul da cidade, e trabalha em uma empresa de consultoria de mineração. Sua maior ambição é abrir um santuário para animais abandonados. Além de cuidar dos bichos, o espaço abrigaria também um centro de educação ambiental. "Meu sonho é poder ajudar o meio ambiente de alguma forma, conscientizando as pessoas, mas eu ainda não tenho recursos para isso", afirma. Enquanto o projeto de Sandra está no campo das idéias, ela e a família ajudam o meio ambiente da maneira que podem, de dentro de casa. As luzes dos cômodos e os aparelhos de TV não ficam ligados desnecessariamente, pois ela sabe que o aumento do consumo de energia por parte da população significaria a construção de novas usinas hidrelétricas e, consequentemente, em impacto ambiental provocado pela construção de represas. As compras no supermercado são planejadas de maneira a evitar o desperdício de alimentos, o que acarreta aumento do uso de pesticidas na agricultura, com prejuízos ao homem, aos animais, ao solo e aos lençóis freáticos. A água é usada de maneira racional. "Lavar quintal e passeio com água tratada, de jeito nenhum", ensina a química. Além de a conta ser cara, afirma Sandra, há os prejuízos ao meio ambiente. "Fazemos o possível, mas ainda não temos um comportamento de consumo 100% aqui em casa", diz.

Veterinário faz de clínica hospital público
O veterinário Fernando Pinto Pinheiro nutre um carinho especial pelos animais. Transformou sua clínica veterinária em Contagem, na Grande Belo Horizonte, em uma espécie de hospital público para cães e gatos. Bichos silvestres, vítimas da pressão urbana, também têm "leito" garantido no local. Ele já atendeu gaviões feridos por caçadores, gambás atropelados em estradas e até um urubu vítima de uma linha de cerol. O pássaro foi encontrado com a asa cortada. "Me sinto muito recompensado e valorizado por esse trabalho e o considero uma dádiva de Deus. Nenhum dinheiro paga o salvamento dos bichinhos", afirma Pinheiro. Os animais são encaminhados a ele pela Polícia Militar de Meio Ambiente há quatro anos, nos horários em que os órgãos oficiais não funcionam. Essa parceria informal com a PM lhe rendeu o carinho dos integrantes da corporação e, em seu último aniversário, ganhou de presente um chapéu de aba larga da polícia – sem o emblema –, que virou adorno na parede da clínica.

Mico
Há duas semanas, Pinheiro recebeu dos policiais um mico ferido em uma cerca elétrica. Muito fraco, o animal recebeu tratamento com soro durante dois dias, mas não resistiu e morreu. O veterinário afirma que as ocorrências desses animais feridos pelas cercas são cada vez mais frequentes. Quando eles tomam choque, diz o veterinário, costumam sofrer paralisia e as chances de sobrevivência são mínimas. O carinho que o veterinário tem com os animais vem desde criança, época de visitas frequentes à fazenda da família em Boa Esperança, no Sul de Minas. Apesar de gratificante, o veterinário tem dificuldades para manter o trabalho pelo fato de os tratamentos serem onerosos. Para ele, o ideal seria a criação de um sistema de plantão no Ibama. "É um trabalho bom, mas que sacrifica muito a gente", afirma.

Fonte: O Tempo

Gaviões atacam moradores na Ilha do Governador

Rio de Janeiro, 13/08/06

Francisco Edson Alves

Gaviões carijó estão a solta na Ilha do Governador e já atacaram moradores nas praias da Freguesia, Bananal e Ribeira, onde são vistos diariamente. Uma das vítimas foi Beatriz Abrantes Veloso, 75 anos. Ave cravou suas garras sobre sua cabeça quando saia de missa na Matriz de Nossa Senhora da Ajuda, na Praça de Calcutá, na Freguesia. “O movimento dos fregueses diminuiu. Eles fazem ninhos nas copas das árvores da praça e ninguém consegue tomar cerveja tranqüilo com o risco de levar uma bicada de gavião”, conta Josilene Pereira Barbosa, 27, dona de trailer em frente à igreja.

Nos últimos dois meses, oito foram levados para o Zôo de Niterói. Segundo o veterinário Léo Fukui, até dezembro as aves estão em época de reprodução, quando se tornam agressivas: “É instinto para proteger filhotes”. Ele recomenda chamar a Defesa Civil para podar árvores onde haja ninhos. "O bicho me agarrou pelo cabelo". Dona Beatriz não se esquece do susto: “Grunhindo alto, o bicho deu um rasante e me agarrou pelos cabelos com suas garras. Cheguei a cair no chão e minha cabeça ficou ensangüentada. Doeu à beça”. Assustada, ela reduziu as visitas, até então diárias, à matriz. “Passei a vir só acompanhada. Tenho medo pois sempre vejo o gavião pousado na cruz da igreja”, conta.

Para o biólogo Antônio Carlos Palermo Chaves, a presença cada vez maior de gaviões indica grave desequilíbrio ecológico: “As matas nativas, seu habitat natural, estão cada ano mais escassas, obrigando-os a buscar comida, sobretudo ratos e pombos, em áreas urbanas. Gaviões só atacam quando se sentem ameaçados. Essa história de que saem correndo atrás dos outros não existe”.

Fonte: O Dia online